Galp pondera entrar na cadeia de valor das baterias de lítio

A Galp está a avaliar a entrada na cadeia de valor das baterias, com o objetivo de antecipar as necessidades alinhadas com a estratégia europeia, referindo a intenção de expandir as suas atividades ao processamento químico de lítio em Portugal.

Na atualização do plano estratégico para os próximos cinco anos, no capítulo das ‘Novas Energias’, a petrolífera informa estar a “avaliar oportunidades de entrada na cadeia de valor das baterias, pretendendo antecipar as necessidades alinhadas com a estratégia europeias”.

“A Galp está assim a posicionar-se para expandir as suas atividades para o processamento químico de lítio em Portugal, garantindo matéria-prima e desenvolvendo parcerias importantes”, lê-se no comunicado hoje remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em janeiro, foi comunicado ao mercado um acordo entre a Galp e a empresa Savannah que previa a compra pela petrolífera de 10% do projeto de exploração de lítio da Mina do Barroso, em Boticas, sendo que na terça-feira a Savannah Resources anunciou que esse acordo de princípio “expirou”.

“O acordo de princípio com a Galp (anunciado em 12 de janeiro de 2021) expirou e as discussões em relação ao investimento estratégico continuarão com fora dos termos de exclusividade deste acordo”, refere a empresa mineira britânica num comunicado publicado na sua página na Internet.

A Galp anunciou hoje que prevê investir em média entre 800 e 1.000 milhões de euros por ano até 2025, o que representa uma redução de cerca de 20% face ao plano anterior, anunciou hoje a petrolífera.

Na atualização estratégica comunicado hoje ao mercado, a Galp indica que o ‘upstream’ (exploração de petróleo e de gás natural) representa cerca de 40% do investimento líquido previsto do grupo, incorporando maioritariamente projetos já sancionados, incluindo o Bacalhau I, no pré-sal brasileiro, Bacia de Santos.

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