Galp lançou concurso para startups e projeto de refrigeração solar em África é o vencedor

Depois de ter lançado o primeiro programa internacional de startups, no âmbito da sua plataforma de open innovation, a Upcoming Energies, que teve lugar no último dia da Web Summit, a Galp anunciou esta segunda-feira que a Koolboks é a vencedora, propondo uma solução de refrigeração sustentável e acessível para o continente africano, onde 770 milhões de pessoas não têm acesso a eletricidade.

A solução da startup vencedora é uma arca que funciona em modo de refrigeração ou congelação, alimentada por painéis solares e baterias de lítio. A energia, abundante e acumulada durante o dia, mantem a Koolboks a funcionar durante sete dias consecutivos garantindo a qualidade dos alimentos.

Deborah Gael, COO da Koolboks, explicou que esta inovação social permite suprir “grandes desafios que se colocam às populações” uma vez que 17% das pessoas na África Sub-sahariana não têm acesso a fontes de refrigeração. O impacto social da Koolboks vai além de uma mera solução tecnológica, permitindo que “as mulheres africanas tenham mais autonomia, gerindo pequenos negócios assentes na venda de alimentos ou refeições”.

“Todos os projetos finalistas do Startup the Future já são vencedores por terem chegado até aqui,” afirmou Georgious Papadimitriou, COO responsável pelas áreas de energias renováveis e inovação da Galp. “Mas a Koolboks é incrível, toca-nos no coração porque é uma resposta imediata às necessidades humanas mais básicas”, acrescentou.

Georgious Papadimitriou, que entregou o prémio de 50.000 euros a Deborah Gael, reforçou ainda a importância da inovação na estratégia da Galp: “A transição energética que estamos a operar exige inovação, exige colaboração e exige pessoas como estes empreendedores que hoje distinguimos.”

Foram recebidas mais de 200 candidaturas de 54 países e quatro continentes e, para além da Koolboks, a vencedora na categoria de Social Innovation, chegaram à final a Mobilyze, uma startup eslovaca que usa tecnologia preditiva para otimizar a localização de pontos de carregamento de veículos elétricos, a Delfos, uma startup brasileira que aplica Inteligência Artificial na produção de energia renovável e a GreenEnergy, também do Brasil, que propõe produzir hidrogénio verde a partir do lodo das águas residuais.

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