Futuros sobre açúcar não refinado continuam a subir. Preços dos alimentos em alta

Os futuros sobre açúcar não refinado, com data de entrega para outubro subiram 1,2% para 18,37 cêntimos na bolsa de Nova Iorque, o preço mais alto desde março de 2017.
Os futuros sobre vários alimentos aumentaram mais de 50% desde o início do ano. A seca que assolou os campos de cultivo do Brasil foi a principal causa para este crescimento. Hoje de manhã, o açúcar branco subiu 0,2% para 395,45 euros por tonelada, no mercado londrino.
Já os futuros sobre o café voltaram cair pelo quinto dia consecutivo 1% para os 1.112,2 euros o quilo. Mais uma vez o Brasil é o grande impulsionador do preço, ainda que por razões e com consequências diferentes, já que a colheita do café está a aumentar e com bons resultados.

O preço dos alimentos continua a seguir a tendência positiva. Como revelou em meados de junho João Amorim Faria, administrador da Cerealis, empresa detentora de marcas como a Milaneza e a Nacional, em entrevista ao Jornal de Negócios,“O trigo mole, que é a matéria-prima base das farinhas, subiu 15% desde 31 dezembro de 2020, e face ao final de 2019, a subida é superior a 30%. A escalada do preço do milho é ainda mais expressiva: nos mesmos períodos, subiu 32% e 56%, respetivamente”, refere o executivo.

“É uma coisa inimaginável”, confessou José Romão Braz, que revelou ainda, contactado pelo mesmo jornal, que ainda que estão previstos aumentos de 45% no preço do milho e de 30% no trigo e na soja, face a 2020, na próxima colheita no hemisfério norte, que decorrerá em novembro.

Face a estes cenários, a Confederação de Agricultores de Portugal admitiu mesmo que o aumento dos preços poderá ser “generalizado”. “Frutos e legumes deverão ficar mais caros nos próximos meses, tal como a carne, o leite e os ovos, que estão a sofrer com a subida dos custos das rações para animais, produzidas à base de trigo, milho, soja e outras oleaginosas, nas quais Portugal não é autossuficiente”, indica o ‘Negócios’.

“A manter-se o cenário atual, os preços deverão subir entre 5% e 10%, à semelhança do que já se passa nos Estados Unidos”, prevê Romão Braz.

 

 

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