Futuro chegou aos campos de batalha: Ucrânia utiliza pequenos robôs terrestres equipados com metralhadoras para atacar tropas de Putin

A Ucrânia tem implementado robôs terrestres experimentais equipados com metralhadoras nas linhas da frente para combater as forças russas, um movimento que pode ajudar a salvar a vida de vários combatentes ucranianos, numa fase do conflito que dá sinais de um impasse.

Nas últimas semanas, têm circulado nas redes sociais diversas imagens e filmes que mostram uma variedade de drones terrestres ucranianos – desde robôs responsáveis pelo esforço de desminagem até robôs destinados a combate e preparados para disparar.

Kiev tem investido fortemente em tecnologia não tripulada, como os seus veículos aquáticos e aéreos não tripulados (UAV), que têm feito manchete conforme visam ativos russos no Mar Negro ou atravessam as fronteiras rumo a território russo.

No entanto, os UGV – os veículos terrestres não tripulados – não têm atraído tanta atenção, mas Kiev tem avançado no seu desenvolvimento. Em meados de setembro de 2023, o ‘czar dos drones’ e ministro da transformação digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, salientou que a Ucrânia estava a testar o seu robô não tripulado “Ironclad” em missões de combate nas linhas de frente.

Este está equipado com uma metralhadora, ou torre de combate robótica, e foi projetado para ajudar a atacar posições inimigas, realizar missões de reconhecimento e fornecer apoio de fogo, referiu Fedorov – o robô pode viajar a uma velocidade de até 19 quilômetros por hora, sendo controlado remotamente a partir de um local seguro, protegendo as vidas dos soldados ucranianos.

Tanto a Rússia como a Ucrânia estão a desenvolver UGVs destinados a “substituir soldados humanos nos ataques mais perigosos e com muitas baixas”, indicou Samuel Bendett, do Centro de Análises Navais, dos Estados Unidos. “Atualmente, estamos a ver modelos experimentais de UGV enquanto Kiev se prepara para a produção em massa de drones terrestres”, explicou, em declarações à revista ‘Newsweek’.

“Os veículos tendem a ser pequenos, para minimizar as chances de serem descobertos pelos sempre presentes drones aéreos”, sustentou, acrescentando que muitas vezes são rudimentares e baratos. “O objetivo geral é realizar missões simples, como avançar sobre a posição adversária, forçando o inimigo a atirar e, portanto, revelar a sua posição para ataques subsequentes por sistemas terrestres ou aéreos”, lembrou Bendett.

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