Fundos de capitais internacionais ‘semeiam’ investimentos significativos na agricultura portuguesa

No relatório de atividades de 2021, a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova destacou o aumento significativo da área agrícola irrigada, atingindo 3.650 hectares, graças ao crescimento das plantações de amendoeiras, impulsionadas pelo investimento de fundos de capitais internacionais como Awa, Veracruz e Duck River.

Este influxo de capital estrangeiro tem sido fundamental para revitalizar regiões rurais portuguesas, como apontado por Duarte Correia, CEO da Duck River, destacando o papel crucial na sustentabilidade econômica das associações de regantes, revela o ‘Público’.

No entanto, o perfil desses investidores e a exata extensão das suas operações são difíceis de conhecer na totalidade, conforme observado por especialistas do setor. A crescente procura por terras agrícolas, impulsionada pelo crescimento populacional global, tem alimentado o interesse dos investidores, com retornos financeiros atrativos historicamente superiores a outras classes de ativos.

Além do investimento financeiro, os investidores internacionais trazem consigo tecnologia e know-how, impulsionando a eficiência e a produtividade do setor agrícola. Esta modernização tem resultado num aumento significativo no valor da produção agrícola e nas exportações.

No entanto, as mudanças trazidas pelo capital estrangeiro revelam desafios e preocupações. A intensificação da produção agrícola, o uso de produtos químicos e a gestão dos recursos naturais levantam questões ambientais e sociais, além de pressionar comunidades rurais e pequenos agricultores.

Apesar das incertezas e desafios, os fundos de investimento estrangeiros estão firmemente estabelecidos e continuam a crescer em Portugal. A região de Alqueva, em particular, tem sido um ponto focal de interesse, destacando-se como uma área de investimento promissora para o futuro.

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