Freixenet avança com ‘layoff’ a mais de 600 trabalhadores. Seca severa afeta produção de espumantes

A seca está a afetar o setor vinícola e as mais reconhecidas produtoras de espumante mundiais, levando até mesmo um dos maiores produtores de cava, a Freixenet, a implementar medidas drásticas.

A empresa decidiu avançar com o´layoff’ (ERTE em Espanha) para 615 funcionários, que representa a maior parte da equipa, devido a circunstâncias imprevistas. O ‘layoff’, previsto para ser lançado em maio, será avaliado continuamente com base na situação atual, com as estimativas a sugerirem um impacto que pode variar entre 20% e 50% da força de trabalho da empresa.

Fontes próximas à Freixenet indicam que a medida é uma resposta necessária para enfrentar os desafios causados pela seca severa.

“A medida, implementada como exercício de responsabilidade, visa garantir o funcionamento do negócio e preservar a empregabilidade para poder enfrentar as causas externas e de força maior causadas pela grave seca”, afirmou a empresa em comunicado.

O impacto do ‘layoff’ vai estender-se a toda a equipa da Freixenet e Segura Viudas, afetando áreas como produção, administração, marketing e finanças, enquanto os funcionários de uma terceira empresa dedicada à atividade comercial permanecerão isentos.

A seca tem castigado severamente os produtores vitivinícolas do Penedès, Catalunha, registando reduções na produção de uva. As recentes chuvas não foram suficientes para aliviar a situação, deixando receios de que as vinhas, incapazes de suportar o stress hídrico, possam ser prejudicadas.

O grupo alemão Henkell Freixenet, ao qual a Freixenet pertence, anunciou recentemente receitas recorde, mas destacou as dificuldades enfrentadas nos negócios devido às alterações climáticas,

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