França quer manter jovens com menos de 15 anos longe das redes sociais
O Governo francês renovou a sua iniciativa para manter os adolescentes longe das redes sociais até que completem 15 anos. De acordo com a publicação ‘POLITICO’, Paris já um projeto de lei nacional que impede utilizadores com menos de 15 anos de aceder a plataformas sociais e tem apelado aos outros Estados-membros da União Europeia para que apresentem uma solução para todo o bloco.
O Governo gaulês pediu à Polónia, que assumirá o Conselho rotativo da presidência da União Europeia em janeiro, que tome medidas sobre o assunto.
A União Europeia deve seguir o exemplo da Austrália, que propôs uma proibição das redes sociais para menores de 16 anos, salientou a ministra da Educação francesa, Anne Genetet, à margem da reunião dos ministros da Educação e Juventude da UE na passada segunda-feira.
Entre os políticos europeus cresce a preocupação sobre as redes sociais, os seus recursos viciantes e o seu papel nas crises de saúde mental nos adolescentes. “Gostaríamos que algo muito semelhante pudesse ser posto em prática, aplicado na Europa”, disse Genetet, referindo-se ao exemplo da Austrália, acrescentando que o assunto “é uma emergência”. “Precisamos urgentemente que algo seja posto em prática.”
França já havia tentado alertar no passado, mas a sugestão foi rejeitada pelo então comissário do Mercado Interno, Thierry Breton, que argumentou que as regras francesas eram contrárias ao conjunto de regras de moderação de conteúdo do bloco, ao Digital Services Act (DSA) e ao mercado interno. Mas a maré política mudou: França não é o único país que sugeriu aumentar a idade mínima para usar redes sociais.
A primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen também pediu uma idade mínima de 15 anos ou mais nas redes sociais sociais: a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lançou um inquérito em toda a UE sobre os efeitos das redes sociais na saúde mental dos jovens.