França. Escola onde professor foi morto na sexta-feira é evacuada após ameaça de bomba
A Escola Secundária Gambetta-Carnot, em Arras, no norte de França, onde na passada sexta-feira foi morto um professor, foi evacuada esta manhã devido a uma ameaça de bomba. Dominique Bernard, de 57 anos, foi morto, vítima de um ataque de um ex-aluno, de 20 anos, de nacionalidade russa e que estava a ser acusado de radicalismo. Houve ainda mais três vítimas do ataque perpetrado com uma faca.
As autoridades referiram estar a decorrer verificações: de acordo com a AFP, o alerta surgiu na sequência de “uma mensagem recebida” pela internet, segundo a autarquia de Pas-de-Calais: “O autarca, no local, mandou evacuar o estabelecimento. As autoridades estão a ir para o local.”
Por volta das 10h30, várias dezenas de alunos e professores abandonaram o estabelecimento, onde estava instalada uma unidade psicológica, para se dirigirem a um parque de estacionamento situado próximo, onde está instalado um posto de acompanhamento psicológico. Cerca de 250 pessoas já foram recebidas pela unidade de assistência psicológica instalada na sexta-feira após o ataque. “Tínhamos quadros clínicos diferentes. Vimos estados de stress avassalador, muito sofrimento emocional e depois muito sentimento de desamparo também por parte das famílias”, referiu Laure Rougegrez, médica da unidade de emergência médico-psicológica de Pas-de-France.
🇫🇷 Le lycée Gambetta-Carnot d’Arras, où l'attentat s'est produit vendredi, est en cours d'évacuation après une alerte à la bombe. pic.twitter.com/61BZ1FgcGO
— vl_plus (@vl_plus) October 16, 2023
Alerte à la bombe au lycée Gambetta d’Arras. Le lieu est évacué dans le calme. #arras #dominique bernard pic.twitter.com/og7kVqgiwz
— 20 Minutes Lille (@20minuteslille) October 16, 2023
Vai ser realizado um minuto de silêncio, a partir das 14 horas locais, em todas as escolas, colégios e liceus “em memória das vítimas dos ataques cometidos contra a nossa escola”. Este dia também será dedicado à memória do professor de história e geografia Samuel Paty, decapitado a 16 de outubro de 2020 por um jovem radicalizado após mostrar caricaturas de Maomé na sala de aula.