França e EUA chegam a pré-acordo sobre imposto das tecnológicas
A criação de uma taxa especial sobre gigantes tecnológicas, como a Google, Apple ou Facebook, está nas mãos de Emmanuel Macron e Donald Trump. Os negociadores de França e dos Estados Unidos da América terão chegado a um «acordo preliminar», mas a palavra final será dos presidentes de cada país, ambos a participar no último dia da cimeira do G7, em Biarritz.
A Reuters escreve que o pré-acordo foi conseguido pela equipa negocial francesa, liderada pelo ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, e a equipa do secretário de Estado dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, e o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow. O entendimento, que determina que França reembolse as empresas tecnológicas pela diferença entre a taxa francesa e um valor que será acordado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, será agora submetido à apreciação de Macron e Trump
A taxa proposta pela Comissão Europeia – também conhecida como GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon) – impõe às empresas tecnológicas globais com receitas anuais superiores a 750 milhões de euros uma taxa de 3% sobre os rendimentos gerados com os utilizadores franceses. A expectativa é que as receitas obtidas com este imposto possam somar 500 milhões de euros anuais aos cofres franceses.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, fez da introdução deste imposto uma das prioridades da sua governação. Do lado da Casa Branca, é visto como um ataque, dado que a maioria das visadas são norte-americanas, e pode levar a um agravamento das taxas alfandegárias sobre a entrada de vinho francês.
Portugal está entre os países favoráveis à proposta, tendo sugerido a taxa como uma das formas de diversificar as receitas do orçamento da União Europeia.