França acorda mais cara: portagens, eletricidade, táxis (entre outros…) veem preços subir a partir desta quarta-feira
França vai ficar mais cara a partir desta quarta-feira: em causa estão menos tempo de subsídio de desemprego, eletricidade e portagens mais caras, entre outros. O início de fevereiro fica também marcado pelo fim das medidas contra a Covid-19, que já não são necessárias uma vez que a situação epidemiológica está controlada.
No desemprego, a reforma proposta pelo Governo de Emmanuel Macron prevê uma redução de 25% na duração da compensação para todos os candidatos que peçam subsídio de desemprego a partir de 1 de fevereiro – ou seja, uma pessoa desempregada que teria direito a 12 meses de subsídio só terá agora 9 meses ao abrigo do atual sistema.
Para os candidatos a emprego que vão ter reduzido o seu período de subsídio, está previsto um “complemento de fim de direitos” (uma extensão da duração) em caso de deterioração do mercado de trabalho, se a taxa de desemprego exceder 9% ou se aumentar em 0,8 pontos ou mais num trimestre.
Nas autoestradas, as taxas de portagem vão aumentar em média 4,75%, um valor inferior à inflação atual em França. Esta subida será acompanhada de medidas compensatórias em várias empresas – por exemplo, os veículos elétricos beneficiam de um desconto de 5% durante um ano em algumas das principais redes de autoestradas francesas.
O preço da eletricidade também vai subir, uma vez que o congelamento da tarifa regulada termina hoje para 23 milhões de assinantes, incluindo 1,45 milhões de pequenos professionais.
Nos táxis, as tarifas vão aumentar até 4%, com a tarifa mínima a permanecer em 7,3 euros. Já uma viagem, numa aplicação como a Uber, passa para cerca de 10,2 euros.
Por último, o fim das medidas de contenção da Covid-19 – o isolamento sistemático dos casos positivos e um teste dos seus contactos após dois dias deixam de ser necessários. Também o acompanhamento dos casos de contacto, através do serviço ‘contacte Covid’ gerido pelo Seguro de Saúde, está encerrado definitivamente.
No entanto, as autoridades de saúde francesas recomendaram que as pessoas que apresentem resultados positivos, bem como as pessoas que tenham sido expostas a uma pessoa infetada e que sejam suscetíveis de desenvolver a doença, “respeitem a distância de segurança e, sobretudo, evitem o contacto com pessoas vulneráveis”. No que diz respeito à transmissão internacional, contudo, é de notar que ainda este sábado o Governo francês decidiu prolongar os testes à Covid-19 para viajantes que chegam da China até 15 de fevereiro devido à “evolução da situação” no país, que registou um pico sem precedentes em casos no seu território.