Foto chocante mostra como o submersível ‘Titan’ caiu aos pedaços numa missão antes da implosão fatal

Parte do submersível ‘Titan’ caiu antes da malograda expedição aos destroços do ‘Titanic’, revelou esta quinta-feira o jornal britânico ‘The Independent’. Na audiência pública sobre a implosão que vitimou cinco pessoas, foi destacado o design controverso do submarino turístico, o que levantou preocupações dentro e fora da empresa antes da expedição.

Acredita-se que o casco de fibra de carbono do navio — considerado por especialistas como inadequado para uso em profundidade — foi enfraquecido em mergulhos repetidos aos destroços do ‘Titanic’, que fica a cerca de 3.800 metros abaixo do Oceano Atlântico Norte. A Guarda Costeira dos Estados Unidos, que está a investigar o naufrágio, divulgou uma foto onde é possível ver como parte do submersível caiu quando regressou à superfície, numa missão de mergulho em 2021.

As audiências, que estão a decorrer em North Charleston, Carolina do Sul, e são transmitidas ao vivo pelo canal da Guarda Costeira, têm o objetivo de esclarecer o que levou à implosão do submersível no fundo do Oceano Atlântico. O submarino ‘Titan’ implodiu a cerca de 2 milhas abaixo do nível do mar a 18 de junho de 2023, enquanto fazia uma expedição aos destroços do ‘Titanic’. Os destroços do submersível foram encontrados a aproximadamente 330 metros da proa do famoso navio naufragado.

No inquérito, foi revelada a forma como os parafusos ao redor da cápsula “dispararam como balas” quando o ‘Titan’ atingiu o convés do navio-mãe. Um dos passageiros comerciais do ‘Titan’, Fred Hagen, revelou que a “força da plataforma a atingir o convés… basicamente cortou vários parafusos e eles dispararam como balas. E a cúpula de titânio caiu”.

Essa foi uma das mais de 100 falhas técnicas que o submersível teria sofrido, incluindo ser atingido por um raio, antes da implosão catastrófica de junho passado.

O naufrágio custou a vida do CEO da Oceangate, Stockton Rush, do especialista francês no ‘Titanic’, Paul-Henri Nargeolet, bem como de clientes comerciais, que pagaram 250 mil dólares por pessoa: o bilionário britânico Hamish Harding, o bilionário paquistanês Shahzada Dawood e o seu filho Suleman Dawood.

Na missão de 2021, uma monitora voluntária, Renata Rojas, afirmou na audiência pública que o ‘Titan’ “estava a funcionar muito bem” antes do seu mergulho. “Só havia, acho eu, dois ou quatro parafusos na cúpula. Começaram a pingar, a cair.” Em resposta ao mau funcionamento, foram adicionados 18 parafusos à cúpula para garantir que ela permanecesse no lugar. Rojas insistiu que nunca se sentiu insegura quando mergulhou no ‘Titan’. “Isso nunca foi vendido como um passeio da Disney. “Foi uma expedição que… coisas acontecem e você tem de se adaptar às mudanças.”

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