Fórum Seguros Marketeer/Executive Digest: «Hoje somos um sector sexy»
O sector segurador em Portugal tem passado por uma grande transformação, tanto ao nível de estratégia como de utilização da tecnologia, que se reflecte numa actuação mais próxima e atractiva. Aliás, hoje os Seguros são um sector «sexy».
A frase é de José Francisco Neves, director de Market Management e membro do comité executivo da Allianz, que destaca a forma como foi possível o sector posicionar-se de forma distinta na sociedade. «Começámos como B2B mas hoje falamos directamente com os clientes, sem afrontar os Intermediários como os agentes e mediadores. Foi um passo fundamental», afirmou o responsável no Fórum de Seguros Marketeer/Executive Digest, com o tema “A importância do ecossistema dos Seguros na sociedade portuguesa”.
Juntamente com José Francisco Neves, numa mesa redonda, estiveram André Taxa, director de Marca e Comunicação da Tranquilidade, Catarina Tendeiro, directora de Recursos Humanos da Ageas, e Sérgio Carvalho, director de Marketing da Fidelidade. A moderação coube a Ricardo Florêncio, CEO do Multipublicações Media Group.
Sobre o trabalho que permitiu este maior dinamismo do sector, André Taxa destaca a mudança do paradigma do modelo de negócio, de transaccional para relacional. «Temos poucos momentos de contacto com o cliente mas temos vindo a tornar essa relação mais próxima e regular. E este contacto está a ser providenciado pela tecnologia e pela vontade das seguradoras em trilhar este rumo», afirma.
Sérgio Carvalho, director de Marketing da Fidelidade, refere que o caminho do sector está a ser ditado pelos clientes, nomeadamente com as exigências e necessidades das novas gerações. «Continuaremos a necessitar dos seguros tradicionais mas introduziremos novos produtos, como cibernéticos».
Perante estas novas exigências, a transformação do sector impera a aquisição de novas competências. «Isso obriga-nos a contratar novos perfis de colaboradores, com uma forte vertente digital e de data analytics», afirma Catarina Tendeiro, directora de Recursos Humanos da Ageas, acrescentando que o «propósito muito nobre» do sector será cada vez mais vincado, não só na relação com o cliente como na capacidade de atracção e retenção de recursos humanos.
Texto de Rafael Paiva Reis