Forças russas reivindicam controlo de mais uma localidade em Donetsk

As Forças Armadas da Rússia ocuparam hoje outra localidade na região de Donetsk, leste da Ucrânia, com o Ministério da Defesa russo a reivindicar rápidos avanços militares apesar da incursão do Exército ucraniano na região fronteiriça de Kursk.

“Em 12 de agosto as unidades russas libertaram a localidade de Lisiche na República Popular de Donetsk devido às suas intensas ações”, indicou o ministério russo, num comunicado, destacando que as Forças Armadas “aumentaram o ritmo da sua ofensiva” neste setor da frente de combate.

A pequena localidade de Lisiche está situada a cerca de 24 quilómetros a noroeste do antigo bastião ucraniano de Avdivka, e insere-se no avanço russo em direção aos bastiões ucranianos de Kramatorsk e Sloviansk.

O Ministério da Defesa indicou que as tropas russas “continuam a manter a iniciativa no setor de Donetsk, quebrando com sucesso as defesas inimigas”.

“Neste momento, foi estabelecido o controlo de diversos bairros de Krasnohirivka. E conclui-se a limpeza de forças ucranianas e de nacionalistas nas localidades de Ivanivka, Serguievka, Makievka, Kirovo, Artemovo e Zhelanne”, acrescentou o comunicado.

No texto, a tutela da Defesa russa recordou que na semana passada as forças russas assumiram o controlo de duas outras localidades em Donetsk, num total de 19 durante o mês de julho.

O Ministério da Defesa emitiu este comunicado pouco após a intervenção do Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma reunião com os chefes da área da defesa, segurança e os governadores das regiões fronteiriças de Belgorod, Briansk e Kursk para analisar a situação na sequência da incursão militar ucraniana desencadeada a 06 de agosto.

Putin considerou que o principal objetivo desta operação de Kyiv consiste em travar a ofensiva no leste e sul da Ucrânia, mas assegurou que os avanços militares russos estão a intensificar-se.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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