Foram criadas cerca de 18 mil novas empresas nos primeiros cinco meses do ano, mais 15% do que em 2020
Foram criadas em Portugal, até 31 de maio deste ano, 17.767 novas empresas, um crescimento de 15% face ao mesmo período de 2020.
A queda na constituição de empresas verificada em 2020 atingiu todos os setores, mas alguns deles de forma mais acentuada. A recuperação nestes primeiros cinco meses do ano está também a ser feita a diferentes velocidades.
De acordo com o Barómetro Informa D&B, que analisa o tecido empresarial, o retalho é o que regista o maior crescimento percentual em relação a 2020, com uma subida de 44%. Especialmente responsáveis pelas 2.415 novas empresas deste setor (mais 737 que em 2020) é o subsetor do ‘têxtil e moda’ e ainda as empresas de retalho via internet.
As Atividades imobiliárias e a Construção mostram também um especial dinamismo, com subidas de 36% (mais 497 constituições) e de 23% (mais 398 constituições), respetivamente.
Pelo contrário, o setor dos Transportes é o que regista a maior queda em novas empresas face ao período homólogo, com menos 489 constituições, que corresponde a um recuo de 41%. Enquanto o subsetor do ‘transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’ é o que tem a maior queda, o subsetor das ‘atividades de distribuição e logística’ mais do que duplicou o nascimento de novas empresas nos primeiros cinco meses de 2021.
Mais empresas em todas as regiões
Todas as regiões registam um crescimento na criação de novas empresas face ao período homólogo. Em número absoluto de novas empresas, a Área Metropolitana de Lisboa é aquela onde há maior número de constituições em 2021. Mas é a mesma região, em conjunto com o Algarve, que regista também o menor crescimento. O crescimento atinge os valores superiores nas regiões da Madeira, Norte e Alentejo.
Insolvências e encerramentos
Até 31 de maio, 957 empresas iniciaram um processo de insolvência, menos 65 casos que no período homólogo (- 6,4%). O setor do Alojamento e Restauração (em especial o subsetor da ‘restauração’) é o único que regista um crescimento nas insolvências face a 2020, com mais 47 casos (45%).
As Indústrias, que é o setor com mais processos de insolvência em termos absolutos, é aquele em que ocorre a queda mais acentuada (- 33%, – 91 casos), um fenómeno particularmente visível no no subsetor ‘têxtil e moda’ e na região norte.
No mesmo período, encerraram 5.011 empresas, um valor muito semelhante ao de 2020, mas abaixo dos anos anteriores.
“Encerramentos e insolvências deverão ser interpretados à luz dos apoios do governo e das instituições europeias para mitigar as consequências das medidas de contenção da pandemia na economia e no tecido empresarial. Muitos dos impactos poderão estar suspensos ou atenuados pela existência destas medidas”, pode ler-se no documento oficial.