Fiscalização mais apertada: portugueses ignoram lei de corte e limpeza dos terrenos, aponta estudo

A fiscalização para o corte e limpeza de vegetação (em terrenos particulares) está a ser bastante eficaz e a impor uma nova ordem no mercado, revela esta quarta-feira uma análise da ‘Fixando’, que registou uma procura muito maior de profissionais deste tipo de limpeza neste período do ano.

A plataforma, que liga clientes a especialistas em todos os serviços, adiantou que, mesmo nos meses subsequentes ao prazo limite imposto por lei, 31 de maio, a procura é superior aos anos anteriores, que normalmente atinge o seu pico nos meses de abril e maio.

“Segundo alguns profissionais que consultámos na plataforma, tudo resulta de uma maior fiscalização e consequente notificação dos proprietários em incumprimento. Segundo um profissional, foi mesmo referido que grande parte dos proprietários de terrenos em áreas mais urbanas só limpa os seus terrenos quando recebe uma intimação das autoridades”, partilhou Alice Nunes, diretora de novos negócios da ‘Fixando’.

O número de pedidos recebidos pela ‘Fixando’ já aumentou 6% em junho, em comparação com o mês anterior, e voltou a crescer 2% na primeira quinzena de julho, o que sugere que ainda há uma quantidade significativa de terrenos por limpar.

A ‘Fixando’ adiantou ainda que as limpezas de terrenos também não são baratas e os clientes tendem a adiar o serviço o máximo possível, apesar do risco de multa.

Entre os distritos em que a ‘Fixando’ registou mais pedidos para limpar terrenos, durante o mês de julho, estão Lisboa (30% de todos os pedidos recebidos), Porto (14%), Coimbra (10%) e Santarém (8%).

Quanto às áreas que estão por limpar, 35% referem-se a terrenos com áreas inferiores a 500 metros quadrados, 23% tem 500 e 1.000 metros quadrados e 28% dos terrenos entre 1.000 e 4.000 metros quadrados.

Aproximando-se os meses de maior calor em Portugal continental, sublinhou a ‘Fixando’, aumenta o risco de incêndio e é fundamental que as autoridades continuem a fiscalização e consciencializar sobre a necessidade de manter os terrenos limpos.

“Este ano estamos a fazer um esforço para que mais profissionais estejam disponíveis no digital, de forma que o mercado dê uma resposta à procura mais eficiente e que menos proprietários adiem a limpeza por falta de opções e de orçamentos acessíveis para as suas carteiras”, concluiu Alice Nunes.

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