Férias ilimitadas? Se calhar não é assim uma ideia tão boa

A Microsoft, a Adobe, a Netflix e o Goldman Sachs estão entre uma lista crescente de empresas que deixaram de oferecer aos funcionários um subsídio fixo para férias ilimitadas, porém este sistema não parece ter enormes vantagens.

Para os trabalhadores, pode parecer um sonho, porém alguns especialistas dizem que não e que folgas a mais pode não ser uma ideia assim tão boa.

A conclusão é do especialista Jo Constantz da ‘Bloomberg’, que explica que existem vários motivos para uma empresa oferecer férias ilimitadas, nomeadamente incentivos ao recrutamento e retenção, combater o esgotamento, economizar dinheiro quando alguém saí e liberdade executiva para que os membros sénior das empresas estejam sempre disponíveis.

Apesar disto, o especialista destaca que existem grandes desvantagens para o trabalhador porque férias ilimitadas pode significar que o trabalho nunca acaba na realidade. Pode também não ser uma solução para o esgotamento que necessita de medidas mais definitivas.

Acrescenta-se também opções deste tipo, por vezes, levam a abusos de poder por parte do empregador, bem como todos os trabalhadores tirarem férias ao mesmo tempo e sobrecarregar os poucos que ficam.

Desta forma, a ‘Bloomberg’ concluí que políticas de férias como esta “não funcionam” e podem gerar desigualdade e inconsistência porque depende da aprovação do gerente. Além disso, sugerem ainda que os funcionários muitas vezes acabam por ter menos tempo livre sob políticas ilimitadas do que as tradicionais por medo de ultrapassar ou perder uma vantagem para aqueles que permanecem no escritório. Esta realidade confirma-se ainda mais em setores altamente competitivos, como bancos de investimento.

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