Fed melhora previsões e aponta para crescimento de 4,2% nos EUA em 2021
A Reserva Federal dos Estados Unidos melhorou hoje as previsões económicas para 2020 e 2021, esperando agora uma recessão de 2,4% este ano e um crescimento de 4,2% para o próximo.
Para 2020, a Fed melhorou a previsão de uma queda de 3,7% em 2020, prevista em setembro, para 2,4%, tendência que se mantém para as previsões de 2021 (passagem de 4,0% para 4,2%) e 2022 (3,0% para 3,2%).
As previsões foram conhecidas no final da última reunião anual da instituição liderada por Jerome Powell, em que foi decidida a manutenção das taxas de juro na atual margem entre 0% e 0,25% e um reforço da liquidez.
Para 2023, a Fed baixou as previsões de crescimento do produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos, de 2,5% em setembro para 2,4% agora, e para o longo prazo espera agora um crescimento de 1,8%, ao invés de 1,9% previstos anteriormente.
A taxa de desemprego também foi revista para este ano, esperando agora a entidade liderada por Jerome Powell 6,7%, uma melhoria face à anterior previsão de 7,6%.
Nos próximos anos, a taxa de desemprego dos Estados Unidos deverá atingir os 5,0%, 4,2% e 3,7% em 2021, 2022 e 2023, respetivamente, descidas face à correspondente previsão de setembro de 5,5%, 4,6% e 4,0%.
Já a inflação deverá apenas atingir o objetivo de 2% em 2023, já que em 2020 deverá ficar nos 1,2%, em 2021 nos 1,8%, e em 2022 nos 1,9%.
Em setembro, a Fed previa que em 2021 a inflação atingisse os 1,7%, e em 2022 1,8%, mantendo-se as previsões para os restantes anos.
No comunicado hoje divulgado em que deu conta da manutenção das taxas de juro e do reforço de liquidez, a Fed advertiu que “a pandemia de covid-19 está a causar tremenda dureza humana e económica nos Estados Unidos e por todo o mundo”.
“A atividade económica e o emprego continuaram a recuperar, mas permanecem bem abaixo dos seus níveis de início do ano. Uma procura mais fraca e anteriores descidas do preço do petróleo têm estado a manter a inflação em baixo”, pode ler-se no documento.
Segundo a Fed, liderada por Jerome Powell, “o caminho da economia vai depender significativamente do curso do vírus. A atual crise de saúde pública vai continuar a pesar sobre a atividade económica, o emprego e a inflação a curto prazo, e coloca riscos consideráveis para as perspetivas económicas no médio prazo”.