Farfetch acusada de enganar investidores. Queixosos avançam para tribunal

Várias sociedades de advogados moveram uma acção colectiva contra a empresa luso-britânica Farfetch, suspeita de violar a lei federal de valores imobiliários, revelou a representante legal dos queixosos, Schall Law Firm, citada pela Lusa.

As acções legais acusam a empresa luso-britânica de lesar os investidores norte-americanos que adquiriram títulos da Farfetch desde a sua entrada na bolsa de Nova Iorque a 24 de Setembro de 2018. De acordo com os queixosos, o prospecto submetido ao regulador do mercado norte-americano (SEC, na sigla inglesa) é falso e enganador.

Em declarações ao “Expresso”, a empresa liderada pelo português José Neves diz apenas que «não comenta processos que estão a decorrer».

A queixa, citada pela “Lusa”, refere que a Farfetch prestou «declarações falsas e enganosas aos mercados” e não revelou que as operações de compra e venda online de artigos iriam «provavelmente» levar à «volatilidade dos preços dos bens de luxo». E, detalha: «De facto, as operações principais da empresa eram susceptíveis à pressão de preços» no mercado, pelo que a Farfetch «recorreu a aquisições agressivas para manter a lucratividade» e fez, desta forma, uma alegada comunicação enganosa.

No segundo trimestre de 2019, a Farfetch teve perdas de 89,6 milhões de dólares (cerca de 82 milhões de euros), valor acima do esperado pelos analistas. Neste momento, está a valer 8,59 dólares por acção, sendo que chegou a cotar 20 dólares em Setembro de 2018, aquando da entrada em bolsa.

 

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