Falsificações representam já quase 3% do comércio mundial: Europa perde 16 mil milhões de euros anualmente

As falsificações – tanto na propriedade intelectual como industrial – representam quase 3% do comércio global, indicou esta quinta-feira o jornal espanhol ‘El Economista’ – na Europa, as perdas ascendem a 16 mil milhões de euros anualmente. Essa foi uma das principais conclusões do II Fórum Europeu de Propriedade Industrial, um dos principais eventos europeus para a defesa das marcas, que reuniu mais de 200 especialistas de diversos setores.

Segundo a publicação, anualmente os setores do vestuário, da cosmética e dos brinquedos perdem 1.511 milhões de euros, o que corresponde a 6,7% das vendas, e 15.044 empregos são afetados por esta onda de práticas ilícitas – no entanto, não há um setor que não seja afetado pelas contrafações, que têm um custo total de 7 mil milhões de euros.

A Bulgária é o país mais destacado na venda de contrafações, seguido por Espanha: de acordo com o Instituto de Propriedade Industrial da União Europeia (EUIPO), esta venda de práticas ilícitas envolve um fator intencional na compra, tendo estimado que no caso do azeite a fraude atinge perto de 1,5 mil milhões de euros no Velho Continente, o que demonstrou que a subida dos preços aumenta a pirataria, bem como o cenário perfeito para máfias ou mercados ilícitos aproveitarem a situação para introduzir produtos alterados nas lojas.

Caso grave é o do tabaco, sobretudo a intenção da introdução de embalagens genéricas, proposta pelo Governo espanhol, que viola os direitos da propriedade industrial, de livre concorrência e de liberdade de empresa protegidos pela legislação. No entanto, esta medida, alertaram os especialistas, pode ser considerada uma expropriação encoberta da marca que pode incentivar a contração e o comércio ilícito.

Segundo um estudo da Andema (‘Asociación para la Defensa de la Marca’), de Espanha, a aplicação de embalagens padronizadas no setor do tabaco significou um aumento do comércio ilegal – Austrália, França e Reino Unido têm taxas de consumo ilícito entre 20% e 30% -, e que, além disso, a eficácia do seu objetivo de redução da prevalência não foi verificada.






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