Fabricantes europeus temem possível saída do Reino Unido da UE
Os fabricantes temem que o Reino Unido saia da União Europeia prejudicando a indústria automóvel no Velho Continente, segundo adiantou a ACEA (Associação de Fabricantes Automóveis Europeus).
Os comentários foram expressos por representantes da Ford, da BMW e da Nissan após ter sido divulgada, pelo primeiro-ministro David Cameron, a possibilidade de o Reino Unido poder vir a deixar a União Europeia.
Essa possibilidade, que tem vindo a ganhar força nos últimos anos, poderá resultar em barreiras tarifárias entre o país e os seus principais mercados de exportação europeus afectando gravemente o sector automóvel. Ou seja, o mercado britânico é o segundo maior mercado da Europa em termos de vendas depois da Alemanha e o terceiro maior produtor de automóveis a seguir ao mercado germânico e espanhol. Além disso, cerca de 80% dos 1.5 milhões de veículos fabricados no Reino Unido foram exportados, sendo que metade deles foram enviados para países da UE.
Responsáveis de várias marcas já deram a conhecer a sua posição sobre este assunto como o caso de Andy Palmer, CEO da Aston Martin, que preferia que o Reino Unido se mantivesse na União Europeia ou o director de vendas e marketing da BMW, Ian Robertson, que se encontra preocupado com as suas fábricas da MINI e da Rolls-Royce no mesmo país.
Por fim, Carlos Ghosn, CEO da Nissan, acredita que se algum dia esta medida se concretizar, a marca terá de repensar o seu futuro naquele país, uma vez que detém uma das maiores fábricas no Reino Unido em Sunderland. Também a Honda detém uma grande infra-estrutura naquele país, em Swindon, no qual são produzidos actualmente os CR-V e Civic, mas que no futuro ficará apenas com a produção da versão global do Civic de cinco portas.