Exército israelita resgata refém do Hamas em “operação complexa” em Rafah

Esta terça-feira, as Forças de Defesa de Israel (FDI) e o Shin Bet realizaram uma operação bem-sucedida para resgatar Qaid Farhan Alkadi, um refém beduíno israelita que estava sob custódia do Hamas desde 7 de outubro.

A operação teve lugar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e contou com a participação de várias unidades de elite, incluindo a Divisão 162, a Brigada 401, as forças especiais antitúnel Yahalom, e os comandos navais da Shayetet 13, segundo avançam fontes militares ao Times of Israel.

Qaid Farhan al-Kaadi, de 52 anos, natural de Rahat, foi resgatado em “boas condições de saúde” e encontra-se atualmente a realizar exames médicos adicionais num hospital não identificado. Al-Kaadi foi raptado enquanto trabalhava como segurança numa fábrica de embalagens no Kibbutz Magen.

Este resgate é o quarto realizado com sucesso pelas FDI desde o início do conflito, elevando para oito o número total de reféns resgatados com vida. Al-Kaadi é o primeiro refém a ser salvo de um túnel subterrâneo, uma operação que contrasta com as anteriores, que ocorreram à superfície.

Com este resgate, o número de reféns ainda em cativeiro diminuiu para 108, dos 250 iniciais. Embora os detalhes específicos da operação e o número de forças do Hamas envolvidas não tenham sido divulgados, o sucesso foi amplamente celebrado.

O Chefe do Estado-Maior das FDI, o tenente-general Herzi Halevi, elogiou a coragem e a determinação das forças envolvidas, destacando que se tratou de uma “operação complexa”. O Ministro da Defesa, Yoav Gallant, também aplaudiu o sucesso e reafirmou o compromisso de Israel em continuar com operações semelhantes para libertar os restantes reféns.

Após o anúncio do resgate, o Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos emitiu um comunicado a elogiar a operação:

“O Fórum das Famílias de Reféns aplaude o resgate de Kaid Farhan Al-Qadi. Kaid Farhan Al-Qadi, um beduíno de 52 anos, pai de onze filhos, do sul de Rahat, foi raptado no dia 7 de outubro, durante o seu trabalho de segurança na fábrica de embalagens do Kibbutz Magen. Ele aguentou 326 dias em cativeiro. O regresso de Kaid a casa é nada menos do que um milagre. No entanto, devemos lembrar que operações militares sozinhas não podem libertar os 108 reféns restantes, que sofreram 326 dias de abuso e terror. Um acordo negociado é o único caminho a seguir. Instamos urgentemente a comunidade internacional a manter a pressão sobre o Hamas para aceitar o acordo proposto e libertar todos os reféns. Cada dia em cativeiro é um dia a mais. Os reféns restantes não podem esperar por outro milagre como este. A família pediu que a comunicação social respeite a sua privacidade.”

Ler Mais