Exército israelita invadiu Gaza há um ano: recorde os momentos mais marcantes
27 de outubro de 2023: Israel dá início à invasão da Faixa de Gaza, na sequência do ataque surpresa do Hamas, a 7 de outubro, em território israelita, que provocou a morte de 1.200 israelitas e mais de 250 reféns levados para Gaza pelo grupo islâmico. Num post na rede social ‘X’, as Forças de Defesa de Israel (IDF) assinalaram o momento.
OPERATIONAL UPDATE: The IDF conducted strikes on Hamas terrorist targets over the last 24 hours.
IDF ground troops, fighter jets and UAVs struck:
🔴 Anti-tank missile launch sites
🔴 Command & control centers
🔴 Hamas terrorist operativesThe troops exited the area and no… pic.twitter.com/yNdiY6XTby
— Israel Defense Forces (@IDF) October 27, 2023
As Forças de Defesa de Israel deverão intensificar a atividade militar terrestre em Gaza esta noite, anunciou o porta-voz militar Daniel Hagari. Telavive apelou na altura à população civil para abandonar a Cidade de Gaza e deslocar-se para sul. O anúncio coincidiu com os ataques da aviação israelita, que intensificavam o bombardeamento de posições do Hamas em Gaza. O porta-voz militar israelita acrescentou que as forças de Telavive estão “preparadas em todas as frentes” e “a operar em todas as dimensões”.
Desde então, o conflito no Médio Oriente tem feito manchetes por todo o mundo. Relembre algum dos momentos chave:
Trégua de sete dias
A 24 de novembro começou uma trégua de uma semana entre Israel e o Hamas – o acordo permitiu a libertação de 80 reféns israelitas, em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinianos detidos em prisões em Israel. Foram também libertados 25 estrangeiros ou binacionais, a maioria trabalhadores agrícolas tailandeses.
A trégua permitiu a entrada, a partir do Egito, de mais ajuda humanitária, embora insuficiente, segundo a ONU.
Quando as hostilidades recomeçaram, o Exército israelita entrou com tanques no sul de Gaza, a 4 de dezembro, e multiplicou os bombardeamentos aéreos e o combate terrestre.
Mortes durante a entrega de ajuda humanitária
A 29 de fevereiro último, 120 pessoas foram mortas por disparos israelitas, segundo o Hamas, durante a distribuição de ajuda humanitária na Cidade de Gaza. Israel afirmou que o comboio foi atacado pela multidão e que os soldados “atiraram em vários suspeitos”.
No início de março, vários países, incluindo os Estados Unidos, iniciaram entregas aéreas de ajuda a Gaza, ameaçada pela fome segundo a ONU. O primeiro carregamento chegou do Chipre em 15 de março.
Sete colaboradores da ONG americana ‘World Central Kitchen’, fundada pelo chef espanhol José Andrés, morreram a 1 de abril num bombardeamento em Gaza. O Exército israelita reconheceu “um erro grave”.
Tensões Israel-Irão
O Irão, em apoio ao Hamas, atacou o território israelita com drones e mísseis a 13 de abril, em retaliação a um bombardeamento contra o seu consulado em Damasco a 1 de abril, atribuído a Israel.
Morte de Mohamed Deif, chefe do braço armado do Hamas
A partir de 7 de maio, o exército israelita iniciou incursões “seletivas” no leste da cidade de Rafah, assumindo o controlo da passagem fronteiriça com o Egito de mesmo nome e atacando um campo de refugiados e várias escolas que acolhem deslocados.
Ataques perto de Khan Yunis mataram o chefe do braço armado do Hamas, Mohamed Deif, a 13 de julho, segundo Israel.
Receios de guerra regional
A 20 de julho, Israel bombardeia o porto estratégico iemenita de Hodeidah em resposta a um ataque mortal de drones em Telavive por rebeldes Houthis apoiados pelo Irão.
Na fronteira entre Israel e o Líbano, os disparos entre Israel e o movimento islamista libanês Hezbollah intensificam-se.
Um ataque com foguetes mata 12 crianças a 27 de julho em Majdal Shams, cidade nas Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel. O Hezbollah negou qualquer responsabilidade.
Em retaliação, um bombardeamento israelita matou o comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, perto de Beirute, três dias depois. No dia seguinte, um ataque em Teerão, atribuído a Israel, matou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. O Hamas viria a nomear o seu comandante em Gaza, Yahya Sinwar, como substituto de Haniyeh.
Negociações de cessar-fogo
Após dois dias de negociações em Doha, Washington apresentou uma proposta de acordo para um cessar-fogo a 16 de agosto, que o Hamas rejeitou. As negociações seriam retomadas a 22 no Cairo e depois na capital do Qatar.
Operação na Cisjordânia
A 28 de agosto, Israel inicia uma operação militar em grande escala contra grupos armados na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. A ONU pede o fim imediato da operação.
Explosão de dispositivos
Duas ondas de explosões de pagers e walkie-talkies, usados por membros do Hezbollah, deixaram 37 mortos e quase 3.000 feridos nos dias 17 e 18 de setembro no Líbano. Os ataques, atribuídos a Israel, mais uma vez levantam receios de uma guerra em grande escala.
Morte de Sinwar
Líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar foi morto a 16 de outubro, após ser encontrado em Rafah, em Gaza, durante um ataque aéreo israelita.