Executivos subestimam potencial do 5G
Cerca de metade (53%) dos executivos acredita que existem poucas vantagens adicionais que a rede 5G lhes pode trazer face ao 4G, tanto ao nível da velocidade como da capacidade. A conclusão é de um inquérito realizado pela Accenture com base em entrevistas a profissionais de empresas de grande e média dimensão em 10 países.
Perante este dado, a Accenture afirma que os executivos subestimam o potencial disruptivo do 5G. Segundo Eduardo Fitas, vice-presidente da Accenture Portugal e responsável pela área de Comunicações, Media e Tecnologia, o estudo demonstra o desconhecimento que ainda existe em relação a esta tecnologia.
Para que este potencial seja desbloqueado, é necessário que as organizações entendam as necessidades do cliente, consigam superar as barreiras de adopção e impulsionem a colaboração entre os fornecedores de serviços, sublinha Eduardo Fitas. O ideal será trabalhar num modelo de colaboração, num ecossistema que inclua operadores de comunicações, integradores de soluções e fornecedores de equipamentos.
O sector público é o que tem menor nível de conhecimento sobre a rede 5G, com 59% dos inquiridos deste sector a afirmar que será 10 vezes mais rápida que a rede 4G – em comparação com 67% do total de inquiridos. Além disso, apenas 66% dos executivos do Governo, em comparação com 78% do total, acredita que a utilização de 5G para a conectividade no local de trabalho tornará os negócios mais seguros.
Quanto aos principais obstáculos à adopção da rede 5G, os executivos inquiridos apontam o investimento inicial (36%), a segurança (32%) e a adesão dos colaboradores (29%). Há ainda quem esteja preocupado com a segurança do negócio (32%).
Ainda assim, 60% acredita que o 5G irá abranger quase toda a população em 2022 e 70% considera que as aplicações desta tecnologia permitirão criar novos negócios e novas experiências de mercado.
«A rede 5G irá trazer consigo uma onda de conectividade que abre novas dimensões para a inovação e para o desenvolvimento comercial e económico. Os avanços em áreas como a realidade aumentada, edge computing, os veículos autónomos, o conceito de smart city e outros serão acelerados com o 5G», garante Eduardo Fitas. O mesmo responsável adianta que «as empresas de telecomunicações terão um papel fundamental ao dinamizar os ecossistemas de parceiros que, em conjunto, irão desenvolver as soluções necessárias a cada indústria».