Ex-conselheiro de Putin diz que invasão da Ucrânia “foi mal preparada” e falhou os seus objetivos

Sergei Markov, um antigo conselheiro de Vladimir Putin e aliado próximo do Presidente russo, admite que, apesar de ser defensor da guerra na Ucrânia, que a invasão ao país decretada por Putin foi “mal preparada”.

Em entrevista à rádio Eco de Moscovo, Markov afirma que, se estivesse no lugar de Putin, teria cancelado a invasão nas suas fases iniciais, e melhorado a sua preparação, antes de a lançar novamente.

O russo sustenta que o plano para mudar “o regime político de Kiev” e assumir o controlo de áreas de território ucraniano “vistas como pró-russas” não foi cumprido.

“E isto significa que a a operação militar não foi devidamente preparada. Esta é a grande questão para o futuro. EU teria cancelado, preparado melhor, e depois sim conduzido a operação”, afirmou em entrevista a Alexei Venediktov, que é crítico de Putin e da invasão da Ucrânia.

Markov acusa a Ucrânia de ser gerida por um “sistema de terror”, sustentando que os Serviços Secretos dos EUA e do Reino Unido organizaram-se numa espécie de “Governo sombra” que ajudou a eleger Volodymyr Zelensky, tendo ordenado ao Presidente ucraniano que “lutasse contra os russos e a língua inglesa”.

Assim, Markov acredita que Putin foi levado a reagir, porque se viu “encurralado num beco”, e assumiu a sua “velha lógica de atacar primeiro”.

Por outro lado, o ex-conselheiro de Putin assinala que as elevadas perdas de soldados russos na guerra são mais um sinal de que “a operação militar estava mal preparada”. “A ideia era que ninguém tivesse de morrer”, indicou.

Markov rejeita uma candidatura à Presidência russa, contra Putin, que anunciou na semana passada a recandidatura a um quinto mandato, dizendo que o atual Presidente “é muito mais popular entre o povo”.

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