Ex-CEO da TAP diz que foi alvo de chantagem e que não está “a concorrer a nada”

A ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener confessou em entrevista que foi alvo de chantagem e admitiu que não está a concorrer a nada, que não está a concorrer a nenhumas eleições.

“Estou sozinha, não sou um monstro, sofri chantagem”, disse a empresária, em entrevista exclusiva à ‘CNN Portugal’, que será transmitida na íntegra esta noite, admitindo ainda que tirou uma lição muito importante de todo este processo: “Nunca mais trabalhar para uma companhia aérea do Estado”.

Christine Ourmières-Widener foi demitida a 6 de março pelos ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, João Galamba, no seguimento das conclusões de uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças, na sequência do caso Alexandra Reis.

Em abril do ano passado, afirmou ser “um mero bode expiatório”. “Fui demitida pela televisão por dois ministros num processo ilegal e continuo em funções sem guidelines”, acrescentando que foi informada formalmente da demissão “durante a conferência de imprensa”.

A polémica saída de Alexandra Reis da TAP, assim como a indemnização de meio milhão de euros, levou a uma remodelação no Governo, à exoneração dos presidentes da companhia e à criação de uma comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP.

Recorde-se que, em setembro de 2023, a ex-CEO da TAP deu entrada de um processo contra a TAP e pede 5,9 milhões de euros de indemnização.

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