Europeias: PM do Luxemburgo espera que se evite vazio nas instituições após as eleições
O primeiro-ministro luxemburguês apelou hoje à participação nas próximas eleições para o Parlamento Europeu e afirmou esperar que, após o ato eleitoral, não se verifique um impasse nas escolhas dos novos responsáveis pelas instituições europeias.
Esta mensagem foi transmitida por Luc Frieden numa declaração aos jornalistas após um almoço de trabalho em São Bento com o primeiro-ministro, Luís Montenegro – encontro dominado pela análise das questões bilaterais e europeias.
O líder do executivo luxemburguês – que, segundo Luís Montenegro, teve um percurso político semelhante ao seu até chegar a primeiro-ministro, com uma anterior passagem pela oposição – defendeu que o resultado das eleições europeias é importante para o “futuro dos cidadãos e para a prosperidade da Europa”.
“Depois das eleições, a Europa precisa que a escolha dos novos responsáveis pelas instituições europeias seja feita o mais rapidamente possível, evitando que se crie um vazio no plano institucional”, salientou o primeiro-ministro do Luxemburgo.
Em matéria de política externa, além da questão da Ucrânia antes referida por Luís Montenegro, Luc Frieden assumiu também a defesa da paz em Gaza, manifestando então preocupação com “a crise humanitária” gerada pela intervenção militar israelita.
Tendo ao seu lado Luís Montenegro, Luc Frieden falou numa “relação de amor” entre Portugal e o Luxemburgo, destacou as perspetivas idênticas entre os dois países dentro da União Europeia e considerou essencial “o reforço das relações económicas, tendo em vista criar riqueza, aumentar a prosperidade dos dois povos e financiar a transição ecológica”.
Neste plano, acrescentou que conhece a experiência portuguesa no domínio das energias renováveis e adiantou que estará pessoalmente presente no fórum económico entre Portugal e o Luxemburgo, em novembro próximo, no seu país.
Ainda na sua declaração, numa alusão à facilidade de interação empresarial entre portugueses e luxemburgueses, Luc Frieden observou que algumas das empresas luxemburguesas têm diretores portugueses, ou de origem portuguesa.