Europeias: Livre no barco da defesa de maior aposta da UE na mobilidade sustentável
O cabeça de lista do Livre às europeias, Francisco Paupério, arrancou a campanha de barco para defender mais investimento europeu na mobilidade sustentável e transição energética, numa viagem que disse provar como essa aposta serve as pessoas.
A manhã do cabeça de lista do Livre às eleições europeias de 09 de junho começou com uma travessia entre as duas margens do Tejo. À chegada ao destino, em Cacilhas, concelho de Almada, Francisco Paupério sublinhou o “exemplo perfeito” daquilo que o partido pretende defender na União Europeia (UE)
“É o exemplo perfeito daquilo que podem ser as políticas de mobilidade sustentável e associar sempre isto a uma transição energética, que tem de ser feita, e a um investimento da UE nesta transição e na industrialização da própria UE”, disse, em declarações aos jornalistas.
O percurso entre o Cais do Sodré, Lisboa, e Cacilhas fez-se em pouco mais de 10 minutos, numa das novas embarcações elétricas da Transtejo, financiada através de fundos europeus mas, para muitos habitantes, que continuam a ter de recorrer ao carro, continua a não ser solução.
“Não adianta ter apenas um comboio ou um metro quando não chega à maior parte das pessoas. O que o Livre propõe é que esta rede cresça e que chegue a toda a gente do concelho e das periferias”, sublinhou Francisco Paupério.
“O caminho que vamos fazer nestes próximos cinco anos vai ser essencial para as metas climáticas e para o futuro da União Europeia”, acrescentou.
A primeira ação de quase duas semanas de campanha foi dedicada à mobilidade sustentável e à transição energética, mas no pouco contacto que teve com a população, dificuldade pela pressa do quotidiano, Francisco Paupério ouviu outras preocupações.
Dos recentes apoios aos jovens aprovados pelo Governo na semana passada à política agrícola comum, que vai estar hoje em discussão em Bruxelas, onde estarão reunidos os ministros da Agricultura da UE, o candidato trocou ideias também sobre a fiscalização da aplicação dos fundos europeus e dos conflitos na Ucrânia e na Palestina.
Defendeu o reconhecimento formal do Estado da Palestina como primeiro passo essencial em relação ao conflito na Faixa de Gaza e, quanto à Ucrânia, considerou que a UE e Portugal devem manter o apoio dado ao longo dos últimos dois anos.
“Vimos, na UE, várias velocidades de ajuda neste conflito e no caso palestiniano – em que, infelizmente, continuamos até a dar armas ao opressor. (….) A ajuda não tem chegado na altura certa, mas cabe-nos mudar isso e, por isso, é que o Livre defende uma política de defesa comum que, realmente, consiga colocar os 27 estados a falarem em uníssono”, referiu.