Europeias: Cabeça de lista socialista quer saber “linhas vermelhas” do PPE sobre diálogo com extrema-direita

O cabeça de lista dos socialistas para presidente da Comissão Europeia disse hoje que apenas está disponível para trabalhar com as forças políticas democráticas e criticou a falta de “linhas vermelhas” do Partido Popular Europeu (PPE).

“Estou pronto para trabalhar com todas as forças democráticas e não considero que os Reformistas e Conservadores Europeus [ECR] e o Identidade e Democracia [ID] sejam democráticos, têm uma visão diferente da Europa”, disse Nicolas Schmit, o ‘spitzenkandidat’ do Partido Socialista Europeu (PES).

Durante um debate entre cinco candidatos principais à presidência do executivo comunitário, Nicolas Schmit criticou a falta de “linhas vermelhas” do PPE e a intervenção da extrema-direita nos países onde tem maior representação.

“Vejam onde estão no poder, ainda ontem estive na Suíça […], estão a propagar desinformação, têm ‘quintas’ que a produzem, em Itália assistimos a ataques contra os direitos das mulheres e dos media”, sustentou.

O socialista voltou a atacar o PPE, representado no debate por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão em exercício.

“Infelizmente, o PPE não quis assinar a declaração com as ‘linhas vermelhas’ que muitos outros partidos assinaram. Isto não é uma aliança [com o ECR e a ID], claro, mas em certas questões precisamos de clareza”, completou.

Os candidatos principais (‘spitzenkandidaten’) à presidência da Comissão Europeia participam hoje num debate em Bruxelas, marcado pela ausência dos representantes da extrema-direita, no terceiro e último frente-a-frente antes das eleições europeias, marcadas entre 06 e 09 de junho e nas quais votam quase 400 milhões de cidadãos dos 27 Estados-membros da União Europeia.

Este é o terceiro debate que junta os cabeças de lista (‘spitzenkandidaten’) das bancadas parlamentares da União Europeia às eleições europeias.

Organizado pelo Parlamento Europeu e pela União Europeia de Radiodifusão, o debate de hoje conta com a presença dos candidatos principais dos maiores partidos representados na assembleia europeia estão representados.

A figura dos candidatos principais – no termo alemão ‘spitzenkandidat’ – surgiu nas eleições europeias de 2014, com os maiores partidos europeus a apresentarem as suas escolhas para futuro presidente da Comissão, apesar de o modelo não ter sido seguido em 2019.

Este é o procedimento através do qual os partidos políticos europeus nomeiam cabeças de lista para o cargo de presidente da Comissão Europeia, sendo este papel atribuído ao candidato capaz de reunir maior apoio parlamentar após o sufrágio.

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