Europa quer revolucionar setor do vinho com mais impostos e alertas para a saúde nos rótulos (como no tabaco)

Já soou o alerta máximo no setor dos vinhos devido ao receio das do aumento dos impostos e da obrigatoriedade das garrafas incluirem avisos de saúde nos rótulos, como já acontece com o tabaco. A 15 de fevereiro, o Parlamento Europeu debaterá e votará uma proposta apresentada pela Comissão Especial para a Luta contra o Cancro, que pede que se incluam avisos de saúde nos rótulos de bebidas alcoólicas.

Esta Comissão, que se reporta diretamente ao Parlamento, salienta num relatório que “não há uma quantidade segura de álcool”, o que abre as portas para que os avisos de saúde não se limitem a bebidas ou cerveja de alta resistência, mas também ao vinho. O setor mostra-se preocupado e assume que nas últimas décadas têm defendido o consumo de vinho como produto saudável, desde que seja feito com moderação.

O alarme entre os enólogos também aumentou assim que a Espanha superou a França e se tornou no segundo maior produtor de vinho do mundo, atrás apenas da Itália. Apesar de uma colheita medíocre, ponderada pelas condições climáticas, a Espanha atingiu cerca de 35 milhões de hectolitros no ano passado.

O debate sobre se o vinho é saudável ou não está de regresso e a tendência de consumir produtos com menos álcool, ou mesmo sem ele, tem sido implantado na sociedade, e está a crescer todos os dias. A Federação do setor vinícola lembra, no entanto, que “sempre defenderemos que o vinho com álcool está dentro da dieta mediterrânea, e que um consumo moderado dele é perfeitamente compatível com uma dieta saudável”






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