Euribor começa a escalada: De que forma vai afetar os créditos à habitação?
O índice de referência do crédito à habitação mudou de tendência após as palavras do presidente do Banco Central Europeu (BCE). A Euribor começou a sua escalada e isto vai afetar em muito as carteiras de quem tem contratado um crédito habitação.
Com o boom imobiliário a que se tem assistido nos últimos anos assiste-se a um aumento dos créditos habitação com taxas de juros em níveis históricos. Mas a partir de agora vai mudar e a prestação dos créditos vai começar a aumentar.
Um crédito habitação pode ser feito com taxa fixa ou variável, sendo que no caso da taxa fixa são pagos os mesmos juros durante o tempo contratado da prestação. No caso da variável, esta está sujeita a variáveis, entre ela a Euribor, normalmente a 12 meses.
Até há pouco tempo a Euribor batia em baixas históricas, chegando aos -0,5%, no entanto as previsões do BCE, com Christine Lagarde a admitir um aumento das taxas de juro de referência a curto prazo, fez com que a Euribor começasse a sua escalada.
A Euribor diária subiu para -0,3% em poucos, prevendo-se que o mês de fevereiro possa apresentar o aumento mensal mais significativo dos últimos tempos.
A sua variação nos próximos tempos dependerá efetivamente das decisões do BCE, com a inflação e a retirada dos estímulos a serem pontos a ter em séria consideração para a volatilidade desta taxa.
Apesar de tudo, as estimativas apontam que este aumento seja gradual e que não se assista a um pico considerável do aumento da Euribor a curto prazo. Especialistas estimam que, em 2022, a Euribor irá subir, mas não acima dos 0%.
Com esta subida, os especialistas alertam que os agregados familiares devem ter em consideração se conseguirão pagar a prestação caso a Euribor possa chegar, por exemplo, aos 5%, que foi o máximo histórico registado. Estes sublinham que o ideal é que as parcelas não ultrapassem os 35% da renda mensal líquida do credor hipotecário em qualquer cenário.