EUA voltam a investir em mulheres empreendedoras portuguesas e ucranianas

Está de volta a “Academy for Women Entrepreneurs” (AWE), um programa que visa apoiar mulheres empreendedoras no desenvolvimento e concretização das suas ideias de negócios. Este programa, que conta com o patrocínio dos EUA, oferece financiamento, formações, mentoria e acesso a uma rede internacional de apoio.

A Embaixada dos EUA em Portugal e a Drive Impact renovaram a sua colaboração, permitindo que mulheres de todos os distritos do país adquiram conhecimentos e ferramentas essenciais para a criação e crescimento dos seus negócios, enquanto se integram numa comunidade empreendedora global.

“Este programa não só capacita as participantes com ferramentas essenciais para o empreendedorismo, como também cria uma rede de apoio internacional que reforça o papel das mulheres como líderes inovadoras. Todas as candidaturas, que nos chegaram ao longo destes quatro anos, demonstram isso mesmo”, afirma Marie Blanchard, Conselheira de Relações Públicas, Embaixada dos EUA, “O AWE tem como objetivo final fomentar a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento económico sustentável, capacitando as mulheres para se tornarem agentes de mudança nas suas comunidades e além-fronteiras”.

O programa é gratuito e aberto a mulheres em diferentes estágios do percurso empresarial, desde a conceção de uma ideia até à gestão de negócios em fase inicial. As participantes terão acesso a workshops, sessões de formação intensiva e mentoria, incluindo programas de universidades norte-americanas prestigiadas, como a Thunderbird School of Global Management.

“A Embaixada dos EUA em Portugal tem-se demonstrado um parceiro de prestígio não só para a Drive Impact e sobretudo para as empreendedoras. O programa tem corrido de forma extraordinária e as ligações à realidade e mindset norte-americano provam a excelência deste programa”, refere Catarina Miguel Martins, diretora da Drive Impact.

Apesar de 34% dos empreendedores em Portugal serem mulheres, uma taxa próxima da média da União Europeia (34,4%), o empreendedorismo feminino ainda enfrenta desafios significativos, especialmente no acesso a financiamento e redes de apoio. Apenas cerca de 15% das startups em Portugal são fundadas ou cofundadas por mulheres, evidenciando um gap de género no setor de tecnologia e inovação.

Nas edições anteriores da AWE, vários projetos impactantes foram apoiados, incluindo o de Sandra Ruivo, vencedora do 2º lugar na segunda edição, que angariou financiamento e lançou o projeto social “Cachopa”, dedicado à distribuição de produtos menstruais em países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).

Na última edição, a AWE também ampliou o seu alcance ao apoiar sete empreendedoras ucranianas refugiadas em Portugal, proporcionando-lhes mentoria e, em alguns casos, seed funding.

As candidaturas estão abertas até 23 de outubro e são direcionadas a mulheres portuguesas e ucranianas residentes em território nacional.

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