EUA exigem 100 milhões aos proprietários do navio que demoliu a ponte de Baltimore

O proprietário e gerente do navio porta-contentores que causou o colapso da ponte de Baltimore realizou reparos de forma imprudente e ignorou os problemas elétricos conhecidos no navio, acusou quarta-feira o Departamento de Justiça norte-americano.

A ação judicial interposta pelas autoridades dos Estados Unidos procura recuperar mais de 100 milhões de dólares que o Governo norte-americano gastou para limpar os detritos subaquáticos e reabrir o porto da cidade de Baltimore. A ação interposta em Maryland faz um relato detalhado da série de falhas em cascata ocorridas no navio porta-contentores MV Dali, que deixou a tripulação do navio completamente indefesa perante o desastre iminente.

O Departamento de Justiça alegou que os sistemas mecânicos e elétricos do enorme navio foram mal reparados, de forma apressada e tiveram uma manutenção inadequada, culminando num terrível corte de energia momentos antes de colidir com uma coluna de suporte na ponte Francis Scott Key, em março.

A 26 de março, o navio porta-contentores Dali sofreu uma avaria e embateu na ponte da autoestrada Francis Scott Key, que desabou. Seis trabalhadores que efetuavam obras de reparação na ponte, todos imigrantes latino-americanos, morreram.

A ponte Francis Scott Key servia um eixo rodoviário importante do nordeste dos Estados Unidos, ligando Washington a Nova Iorque. Milhares de estivadores, camionistas e proprietários de pequenas empresas viram os empregos afetados pelo desmoronamento da estrutura.

As autoridades dos Estados Unidos disseram que esperam reconstruir a ponte até 2028. O porto de Baltimore é um polo do comércio de veículos novos nos Estados Unidos, com cerca de 850 mil automóveis e camiões que por ali passaram em 2023, mais do que qualquer outro porto norte-americano.

Ler Mais