Ethereum acelera para ultrapassar Bitcoin, mas adiamento da nova plataforma torna investidores impacientes
A Ethereum, a segunda maior criptomoeda no mercado, que perde o ouro apenas para a Bitcoin, está a trabalhar para lançar um novo modelo de mineração que tornaria o processo mais rápido, menos dispendioso e que reduziria a emissões de CO2 associadas a esta “extração digital”. No entanto, os adiamentos da estreia da nova plataforma, a Ethereum 2.0 (ETH 2.0), têm vindo a gerar alguma frustração junto dos investidores e, para já, a Ethereum não consegue ainda ver a Bitcoin no espelho retrovisor.
O lançamento da ETH 2.0 ainda não tem data certa, com o principal programador da empresa, Tim Beiko, citado pela ‘Reuters’, a indicar que “não será em junho, mas provavelmente alguns meses depois” e a garantir que o processo está “definitivamente no capítulo final”.
Atualmente, o valor de mercado da Ethereum não chega ainda a metade do valor da Bitcoin, sendo que as duas representam mais de metade do mercado de criptomoedas, com a segunda a levar uma grande vantagem. Contudo, alguns analistas acreditam que a nova plataforma ETH 2.0 permitirá à Ethereum conquistar um lugar na linha da frente do mercado de criptomoedas.
A forma de extrair criptomoedas está hoje assente num processo altamente competitivo que gera um grande volume de emissões de CO2, pelo que a transição do atual modelo proof-of-work para o proof-of-stake permitiria reduzir significativamente esse potencial poluidor e colocar o universo das criptomoedas em linha com os objetivos de criação de um planeta menos assolado pelo aquecimento antropogénico.
Espera-se que, com a ETH 2.0, a Ethereum possa permitir que sejam feitas cerca de 100 mil transações por segundo, ao invés das atuais 30, dotando-a das capacidades necessárias para competir com a gigante Bitcoin e também com outros players mais pequenos, mas em ascensão, como a Cardano, que já recorrem a modelos proof-of-stake.
Apesar do interesse dos investidores na Ethereum, os adiamentos da nova plataforma podem comprometer o futuro desta criptomoeda caso não sejam dados passos significativos e que permitam aos mercados ver alguma luz ao fundo do túnel.