Estrangeiros vão encher carteiras portuguesas. Profissionais do turismo esperam verão robusto

O setor turístico em Portugal está otimista quanto ao verão de 2024, prevendo um crescimento significativo no emprego, na procura externa e na atividade turística.

Estas são algumas das conclusões destacadas na 71ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, que revela que os profissionais do setor esperam um verão robusto, com pontuações entre 59 e 63 numa escala de 100, indicando uma confiança elevada no desempenho futuro.

De sublinhar o aumento do nível de confiança médio no desempenho do turismo, que atingiu 84,2 pontos em março, o segundo valor mais alto desde abril de 2016 e um incremento em relação ao último levantamento em outubro de 2023.

Apesar das incertezas geradas pela mudança no Governo e pelo contexto bélico internacional, há consenso entre os respondentes de que os mercados estrangeiros serão os principais impulsionadores do crescimento. Sete em cada 10 participantes do painel preveem aumento no número de turistas, dormidas, receitas e no RevPar (Revenue per Available Room) nos próximos meses, superando as expectativas em comparação com a procura interna.

Comparativamente ao verão de 2023, o mercado norte-americano é visto como o líder no crescimento entre os principais mercados emissores, com 84% dos respondentes a prever um aumento na sua representatividade. Canadá (69%), Brasil (66%) e Espanha (58%) também são destacados como mercados de crescimento significativo.

Em contrapartida, o mercado nacional deverá manter um desempenho estável, com cerca de metade dos respondentes a prever um aumento nas receitas e no RevPar em relação ao ano anterior, enquanto o número de turistas e dormidas internas deve permanecer estável.

Quanto às prioridades políticas, os profissionais do turismo enfatizam a necessidade urgente de alívio da carga fiscal, mencionada por mais de 60% dos inquiridos. Outras prioridades incluem a definição da localização do novo aeroporto de Lisboa (mais de 40%), reforço das campanhas de promoção turística (31%), e investimento em acessibilidades (28%).

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