“Estava cativado”: Merkel garante que Trump tinha “fascínio pelo poder absoluto” de Putin e Kim Jong-Un

A antiga chanceler alemã Angela Merkel afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve durante o seu primeiro mandato na Casa Branca um “fascínio pelo poder absoluto” de líderes como o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un.

“A minha impressão sempre foi a de que ele sonhava em passar por cima de todos aqueles órgãos parlamentares que considerava de alguma forma um obstáculo e que queria decidir os assuntos por sua conta”, referiu Merkel, em entrevista à ‘CNN’, relatando que “a forma como falou sobre Putin, a forma como falou sobre o líder norte-coreano – obviamente, para além dos comentários críticos que fez – sempre houve uma espécie de fascínio pelo poder absoluto do que estas pessoas podiam fazer”.

Na entrevista, Merkel falou sobre o seu livro de memórias, intitulado ‘Freedom’, que reflete os seus 16 anos como a primeira mulher a liderar a maior economia da Europa. A ex-chanceler alemã recordou o seu primeiro encontro com Trump na Casa Branca, em 2017: sentados junto à famosa lareira da Sala Oval, os jornalistas pediram aos dois líderes que apertassem as mãos para uma fotografia. Trump pareceu rejeitar o pedido, embora tenham apertado as mãos noutras ocasiões durante a visita de Merkel a Washington.

A partir daí observou como o republicano “vive agindo de forma pouco convencional” e muitas vezes tenta “deixar rasto”, reiterando, como também fez no seu livro, que o presidente republicano estava “claramente fascinado” por Putin e “cativado” por políticos com tendência autocrática.






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