Estas cidades italianas pagam 700 euros por mês a quem quiser lá viver
Parece bom demais para ser verdade, mas é real. A região italiana de Molise está a oferecer 700 euros mensais a todos aqueles que se queiram mudar para aquele território de armas e bagagens, de forma a atrair estrangeiros, principalmente jovens e casais com filhos, e combater o êxodo rural.
Assim, quem aceitar a proposta, terá de escolher viver numa das 106 vilas ou aldeias daquela localidade, como Fornelli, Pesche, Riccia, Capracotta ou Campitello Matese, por exemplo. Existe, no entanto, uma condição: o subsídio só será atribuído por três anos, aos futuros habitantes que se comprometam a criar um negócio em qualquer área, e que comprovem que estão a contribuir para a economia daquela região no Sul de Itália.
«Quero que a minha região passe por um renascimento e evitar que as vilas se transformem em localidades fantasmas», explica Antonio Tedeschi, conselheiro regional e cérebro desta ideia, à “CNN Travel”, sublinhando que «é necessário salvaguardar as nossas raízes».
Nesta zona, a população decaiu para um total de 305 mil habitantes, havendo localidades apenas com duas mil pessoas. Desde 2014, contam-se menos nove mil pessoas, que partiram à procura de novas oportunidades em grandes cidades ou no estrangeiro.
Para tentar reverter esta situação, de acordo com Donato Toma, presidente da câmara de Molise, todas as cidades subpovoadas (com menos de dois mil habitantes) vão receber apoios no valor de 10 mil euros para serem construídas infraestruturas e desenvolvidas atividades culturais. “Não é apenas uma questão de aumentar a população. As pessoas também precisam de infraestruturas e uma razão para ficar, caso contrário voltaremos à estaca zero de alguns anos atrás”, sublinha.
A medida foi publicada hoje, dia 16 de setembro, no diário oficial e foi autorizada pelo Ministério de Desenvolvimento Económico. Os interessados poderão começar a enviar as inscrições ao Conselho Regional por um período de 60 dias.