Estão as nossas password seguras? Portugal é um dos países do mundo mais vulneráveis a ataques
A Dashlane, empresa de gestão de passwords e identidade digital, divulgou esta quinta-feira um estudo relacionado com a segurança das passwords a um nível global, através do algoritmo único que analisa critérios como número de passwords comprometidas ou reutilizadas.
As pontuações têm três intervalos: entre 20 e 60 (“pobre”), 60 e 90 (“necessita de melhoria”) e superior a 90 (“excelente”), e a pontuação média de todas as regiões ficou no intervalo de 69 a 77, o que significa que todas se enquadram na categoria “necessita de melhoria”.
Os três primeiros lugares, com um mais elevado “Password Health Score”, são ocupados pela Europa do Leste (região que registou uma pontuação média de 76.4), onde se encontram países como a Polónia, Ucrânia e República Checa. A região da Europa Setentrional (74.3), constituída por países como Dinamarca, Finlândia e Noruega e Europa Ocidental (73.4), região da qual fazem parte países como Alemanha, Países Baixos e França.
Como piores classificadas, estão Ásia Meridional (71.1), que compreende países como a Índia e a África do Norte & Ocidental (70.8), onde se encontram países como Nigéria. A América do Norte revela o pior resultado da tabela, com uma média de 69.1 e com quase 20% das passwords comprometidas.
A Europa Meridional, onde se localiza Portugal, é uma das piores classificadas. Entre 14 regiões, ficou na 11ª posição, com uma pontuação de 71.4.
“Os dados que acabamos de divulgar – juntamente com as nossas estimativas de que um utilizador médio da Internet tem neste momento 240 contas online que requerem uma password – validam a importância de se criar uma cultura de cibersegurança, quer a nível individual, quer em contexto empresarial. Estabelecer métodos e ferramentas que ajudem a proteger a privacidade dos dados, assim como estar atento a credenciais reutilizadas ou comprometidas, assume-se como prioritário no contexto atual, principalmente quando sabemos que, pelo menos no que diz respeito a Basic Web Application Attacks, mais de 80% das violações de segurança podem ser atribuídas a credenciais roubadas. A nossa expectativa é que este cenário global, em que há ainda muito para fazer, se vá alterando num futuro próximo, e que relatórios como este possam promover uma consciencialização coletiva acerca da necessidade de alterar hábitos de cibersegurança”, salienta Mafalda Garcês, Country Leader & Senior People Director da Dashlane.