«Estamos num momento crucial. O risco de contágio vai aumentar», diz Costa

O primeiro-ministro, António Costa, referiu que a “reunião do Infarmed”, como ficaram conhecidos estes encontros, é “muito importante porque estamos num momento crucial”. Foram as primeiras declarações do primeiro-ministro à entrada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), local onde, pela primeira vez, se vai realizar a reunião, que junta o Presidente da República, Governo, especialistas em Saúde, políticos e parceiros sociais.

“Estamos a aproximar-nos do Outono e Inverno e muitas pessoas que estavam em férias vão regressar às suas actividades normais”, com o regresso ao trabalho e o início do novo ano lectivo. “Vamos entrar seguramente num momento que é crítico”, sublinhou o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas.

“Como todos sabemos, aumentando o ritmo de actividade, necessariamente o risco de contágio vai aumentar”, explicou.

Quando questionado sobre a possibilidade de Portugal voltar a adoptar medidas mais apertadas, Costa afirmou que não se pode “voltar a uma paralisação global da economia”, tendo em conta o “impacto brutal que teve” no início da pandemia – e ainda tem.

“Cada um de nós está mais consciente agora do que estava no início, em Março. Temos de adoptar as medidas que sejam necessárias, mas suficientes. Fazer tudo o que seja necessário para conter a pandemia, mas nada que possa ser mais do que o suficiente”, salientou, à entrada da FMUP, antes da reunião do Infarmed.

“Há um aumento significativo de casos”. Por isso, António Costa relembrou que, até existir uma vacina, é fundamental manter as regras sanitárias e o distanciamento social. “Se todos cumprirmos as regras, conseguimos controlar um aumento exponencial da pandemia”, apelou.

A reunião de hoje está a realizar-se no auditório da FMUP, a partir das 15h, juntando novamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, líderes partidários, patronais e sindicais.

É a décima primeira reunião realizada mas é a primeira transmitida a sinal aberto – todos os encontros anteriores foram feitos à ‘porta fechada’. Pode ser acompanhada no canal Youtube do Governo.

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