Estados Unidos enviam caças F-22 para a região do Golfo Pérsico

O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) confirmou hoje o envio de aviões de combate F-22 para a sua zona de operações, que inclui o Golfo Pérsico, justificada pela necessidade de responder a eventuais ameaças do Irão e aliados.

Os caças F-22 Raptor chegaram hoje à “área de responsabilidade” do CENTCOM – que garante os interesses norte-americanos em vários países do Corno de África, Golfo Pérsico e Ásia Central – “como parte das alterações na posição da força norte-americana na região para mitigar a possibilidade de uma escalada regional por parte do Irão ou dos seus parceiros”, indicou o Comando numa publicação nas redes sociais.

O reforço da presença militar dos Estados Unidos no Médio Oriente e zonas limítrofes ocorre num contexto em que aumentam os receios de uma escalada regional por parte do partido-milícia xiita libanês Hezbollah e outras organizações próximas do Irão em solidariedade com a população palestiniana e em resposta aos permanentes ataques de Israel.

Os responsáveis iranianos têm multiplicado as ameaças de uma resposta contra Israel, que ainda não comentou o assassinato de Ismail Haniyeh em 31 de julho, quando se encontrava em Teerão, e atribuído ás forças israelitas.

O Hezbollah pó-iraniano, aliado libanês do movimento islamita palestiniano, também prometeu ripostar ao assassinato de Ismail Haniyeh, e do seu comandante militar Fuad Shukr, morto em 30 de julho num ataque israelita em Beirute.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.

Segundo o Exército israelita, entre as 251 pessoas sequestradas, 111 permanecem retidas em Gaza, das quais 39 já morreram.

O Exército israelita respondeu com uma devastadora campanha militar de represálias em Gaza que já provocou perto de 40 mil mortos — onde se incluem pelo menos 14.000 crianças –, cerca de 92.000 feridos e um número indeterminado sob os escombros, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

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