Estado publica hoje mais um capítulo da execução orçamental. Para trás fica um défice de 4.845 milhões de euros

A Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulga hoje a síntese de execução orçamental até maio, depois de ter registado um défice de 4.845 milhões de euros de janeiro a abril, refletindo os efeitos da pandemia de covid-19.

Até abril, o défice das contas públicas foi de 4.845 milhões de euros, um agravamento de 3.148 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, indicou em maio o Ministério das Finanças, num comunicado divulgado há um mês, em antecipação aos últimos dados da DGO.

O agravamento foi explicado “pelo impacto do confinamento e a resposta à pandemia, incluindo as medidas extraordinárias de apoio direcionadas a famílias e empresas”, referia então o gabinete liderado pelo ministro João Leão.

A evolução do saldo até abril resultou do efeito combinado da contração da receita, em 6,3%, e do aumento da despesa, em 6,0%.

A pandemia custou até abril 3.240,9 milhões de euros devido a uma redução da receita em 479,5 milhões de euros e a um aumento da despesa em 2.761,4 milhões de euros, segundo a DGO.

A receita fiscal do Estado caiu 1.315,2 milhões de euros até abril, recuando 10,0% face ao mesmo período de 2020.

Já os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 654,7 milhões de euros no final de abril, valor que representou um aumento de 173,2 milhões de euros relativamente ao período homólogo.

Os dados divulgados pela DGO são em contabilidade pública (numa ótica de caixa).

O saldo em contabilidade nacional é apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que na quinta-feira divulgou os dados relativos ao primeiro trimestre, indicando um défice de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nesse período.

Para o conjunto do ano, o Governo prevê um défice de 4,5% do PIB, mais otimista do que o estimado pela Comissão Europeia (4,7%) e do que o Fundo Monetário Internacional (5%).

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