Estado criou 9.435 empregos, mas com crescimento a recuar a níveis de 2018

A criação de emprego no Estado voltou a desacelerar em setembro, registando-se um crescimento de apenas 1,3% em comparação com o período homólogo. Ao todo, existem 733.771 postos de trabalho, sendo que este é o ritmo de contratação mais baixo observado desde junho de 2018, segundo a síntese estatística relativa ao terceiro trimestre deste ano, divulgada, esta segunda-feira, pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

De acordo com o ‘Dinheiro Vivo’, este abrandamento tem-se vindo a verificar fundamentalmente desde o início do ano registando-se diferentes valores em cada trimestre. No primeiro trimestre, o emprego público cresceu 2,2% em termos relativos anuais, e desceu depois para 1,5%, estando agora junho e agora para 1,3% em setembro. É preciso recuar quatro anos, a junho de 2018, para encontrar uma altura em que o número de postos de trabalho no Estado cresceu apenas 1,1% em termos homólogos.

Sublinha-se que no início do mês de setembro a Administração Pública contava com mais 9.435 trabalhadores, de acordo com o documento estatístico. Um aumento que resultou sobretudo do crescimento de postos de trabalho na administração central em 0,9%. A subida observa-se sobretudo Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação, que empregam mais 2.360 trabalhadores. As Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS, contam com mais 1.951 funcionários, e os estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário registaram um aumento de 1.585 trabalhadores.

As carreiras que mais contribuíram para o aumento do emprego foram as de docente do ensino superior politécnico e do ensino universitário, que resultaram num aumento de 2.085 postos de trabalho, bem como as forças de segurança, que empregam mais 960 funcionários. Já , as carreiras de técnico superior contam com mais 811 trabalhadores, de enfermeiro mais 791, de médico mais 706 e de assistente operacional mais 696.

A redução do número de postos de trabalho registou-se fundamentalmente nas áreas da Educação, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que, em conjunto, tiveram uma quebra de 7.783 postos de trabalho. O setor da Defesa Nacional também contribui para a redução destes números explicada pela redução de 755 postos de trabalho nas Forças Armadas, sobretudo de praças e sargentos.