Estabelecimento prisional de Vale de Judeus tem hoje novo diretor: Carlos Moreira inicia funções esta segunda-feira

Carlos Moreira, novo diretor do estabelecimento prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, inicia funções esta segunda-feira: o jurista, licenciado em Direito e mestre em Direito e Segurança, foi nomeado pela secretária de Estado Adjunta e da Justiça, transitando da direção do Estabelecimento Prisional da Carregueira, Sintra.

Fonte do Ministério da Justiça disse à agência Lusa que sobe a diretora da Carregueira a atual sub-diretora, Joana Rodrigues, e que o despacho de nomeação “está pronto” e “que será publicado para a semana”. Segundo a mesma fonte, Joana Rodrigues “vai manter a linha de funcionamento e de estabilidade” da cadeia da Carregueira.

Antes das funções na Carregueira, Carlos Moreira dirigiu o Estabelecimento Prisional (EP) do Linhó, Pinheiro da Cruz e Olhão.

Carlos Moreira desempenhou ainda funções na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e de jurista nos EP de Caixas e Linhó, sendo esta nomeação por um período de três anos, renováveis, até ao máximo de três.

O novo diretor da prisão de Vale de Judeus, que entre 2000 e 2003 desempenhou as funções de guarda prisional nas cadeias de Alcoentre e de Torres Novas, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa no ano letivo de 2007/2008, tirou uma pós-graduação em Direito e Segurança na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa em 2011e outra em Gestão Pública no ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) em 2020.

É também mestre em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa desde 2016.

Cinco reclusos fugiram a 7 de setembro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa.

A ministra da Justiça só falou publicamente da fuga três dias depois para afirmar que resultou “de uma cadeia sucessiva de erros e falhas muito graves, grosseiras e inaceitáveis”.

Com base no relatório da auditoria à atuação dos serviços de vigilância e segurança, que foi elaborado pela Divisão de Serviços de Segurança da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rita Alarcão Júdice explicou que a fuga dos reclusos “demorou seis minutos” e só foi detetada cerca de uma hora depois.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.

Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

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