Esta política europeia morre de medo de bananas. Fobia com fruta obriga a medidas extraordinárias, segundo emails secretos

Canta José Cid que ‘Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti’ mas, para uma política europeia, o cenário de estar sequer ao pé desta fruta seria um autêntico pesadelo. A ministra da Igualdade de Género da Suécia, Paulina Brandberg, revelou uma fobia pouco comum, que tem dado bastante trabalho à sua equipa de assessores: a ‘bananafobia’. E-mails obtidos pelo tablóide sueco Expressen mostram que o gabinete da ministra exige que todas as salas onde ela esteja presentes sejam absolutamente “livres de bananas”. A peculiar exigência vem de uma forte aversão da ministra ao fruto amarelo — que, de acordo com a sua equipa, chega a ter contornos de uma “alergia”.

A série de e-mails secretos divulgados na quarta-feira detalha a “operação anti-banana” levada a cabo pela equipa de Brandberg. Em mensagens dirigidas a várias entidades, os assessores insistem para que qualquer rasto do fruto seja eliminado dos espaços onde a ministra irá marcar presença. “Paulina Brandberg tem uma forte alergia a bananas, pelo que seria muito apreciado que não houvesse bananas nas áreas onde ela estará”, lê-se num e-mail endereçado à Agência Norueguesa de Justiça antes de um almoço de alto nível.

Este pedido específico foi bem acolhido, e fontes relataram que a Agência Norueguesa de Justiça concordou prontamente em criar um ambiente seguro, ou melhor, ‘bananalivre’ para a ministra. Ao ser questionada pelo Expressen, Brandberg confirmou a situação de forma direta: “É uma espécie de alergia, pode-se dizer”. E num e-mail subsequente ao jornal, a ministra acrescentou com uma pitada de leveza: “É algo com o qual recebo ajuda profissional.”

Em resposta ao alvoroço mediático, o gabinete de Brandberg ainda não reagiu oficialmente à revelação. Contudo, outras mensagens trocadas com o Conselho Administrativo de um condado reiteraram a necessidade de um ambiente “livre de bananas”, garantindo que não haveria “bananas nas instalações” durante a visita da ministra.

A situação chegou até ao Parlamento sueco, onde os assessores de Brandberg alertaram o presidente da câmara, Andreas Norlén, de que era essencial garantir que “não houvesse qualquer vestígio de bananas” nos espaços reservados à ministra.

Mas esta não é a primeira vez que Brandberg se manifesta publicamente sobre a sua aversão ao popular fruto tropical. Em 2020, a ministra chegou a desabafar no X (antigo Twitter), descrevendo a sua fobia como “a mais louca do mundo”. Em posts publicados (e entretanto apagados), Brandberg escreveu, a 11 de setembro de 2020, “Tenho uma fobia de bananas” e, um mês antes, referiu a situação como “a fobia mais louca do mundo”.

Esta condição peculiar da ministra está longe de ser comum, e não é oficialmente classificada como uma fobia alimentar isolada pela Classificação Internacional de Doenças. No entanto, o caso ilustra como fobias de alimentos específicos, embora raras, são reconhecidas como fobias isoladas, podendo exigir cuidados bastante específicos, como ficou demonstrado.

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