Espanha insiste em negociar com o Reino Unido os corredores para as Canárias e Baleares
O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Arancha González Laya, anunciou esta terça-feira que Espanha vai negociar com o governo britânico e outros países europeus a abertura de corredores aéreos para os turistas viajarem para as Ilhas Canárias e Baleares sem quarentena no regresso.
A medida foi anunciada por González Laya numa conferência de imprensa esta terça-feira, onde também esteve presente o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi Di Maio, após a reunião realizada por ambos na Prefeitura de Milão.
Como indica o jornal espanhol ‘El Expansión‘, a decisão foi tomada depois de Londres ter anunciado uma nova estratégia de mobilidade para algumas ilhas, tais como as gregas, embora ainda não se tenham tomado quaisquer medidas sobre as Ilhas Canárias e Baleares, em Espanha.
Recorde-se que o Reino Unido retirou Espanha da lista de países ‘seguros’ no final de Julho e impôs uma quarentena aos viajantes vindos de território espanhol.
Além de negociar com o governo britânico, González Laya anunciou que será aberto um diálogo com outros países de onde provêm os turistas que chegam às Ilhas Canárias durante o Inverno, entre os quais citou a Alemanha e os países nórdicos.
“O desejo é de restabelecer estes fluxos turísticos o mais rapidamente possível. Esta é uma questão extremamente importante para as Canárias, que, ao contrário de outros territórios espanhóis, têm uma época turística no Inverno. A abertura de corredores como o que vamos negociar com a Inglaterra pode ajudá-los a relançar a actividade turística”, disse ainda o ministro, citado pelo ‘El Expansión’.
González Laya salientou também que Espanha solicitou à União Europeia que adoptasse medidas, nas fronteiras dos Estados-membro, tão coordenadas quanto possível e “as menos prejudiciais à livre circulação, garantindo ao mesmo tempo a saúde”.
Entre elas: aumentar o número de testes e reduzir o encerramento indiscriminado das fronteiras.
Espanha pediu também a Bruxelas que tivesse em conta o factor de territorialização ao descrever a situação epidemiológica das nações, isto é, tendo em conta os territórios e não os países como um todo.