Espanha/Cheias: Sobe para 217 o número de mortos na região de Valência
O número de mortos confirmados nas inundações na região de Valência subiu para 217, após a morte de uma pessoa num hospital, adiantaram hoje as autoridades espanholas.
A maioria das vítimas mortais do mau tempo em Espanha é da região autónoma da Comunidade Valenciana, no leste, onde há ainda 14 denúncias ativas de desaparecimento, menos dois do que no balanço ao final do dia de quinta-feira.
Na região de Castela La Mancha, numa zona vizinha da Comunidade Valenciana, morreram mais sete pessoas e há ainda uma vítima mortal do temporal na Andaluzia, no sul do país.
Na quinta-feira, a agência de meteorologia de Espanha baixou de vermelho para laranja o alerta de mau tempo para a região de Valência, após uma madrugada de forte chuva.
Também na quinta-feira, a Proteção Civil da Comunidade Valenciana desativou a fase de alerta do Plano Especial de Emergência para o risco de inundações na Catalunha e também o alerta para ondas fortes na costa norte e sul da província.
Novas tempestades obrigaram cerca de três mil pessoas a abandonar as suas casas em Málaga, no sul, além de causarem o encerramento de escolas e o cancelamento de comboios.
No sul da província de Málaga, as ruas ficaram inundadas e os residentes nas imediações do rio Guadalhorce foram retirados de casa como medida preventiva.
As escolas de toda a província foram encerradas, assim como muitas lojas, e os comboios que circulavam entre Málaga e Madrid na linha ferroviária de alta velocidade AVE foram cancelados.
A população tem sido afetada pelas inundações causadas pela tempestade (conhecida localmente como DANA, ‘depressão isolada em níveis altos’).
Estas novas tempestades ocorrem duas semanas após várias inundações terem assolado o leste de Espanha, causando a morte de pelo menos 224 pessoas e a destruição de casas e infraestruturas, sobretudo na região de Valência, que ainda está a recuperar dos efeitos da tempestade.
O sistema de tempestades que afeta Espanha é causado por ar quente que colide com ar frio estagnado e forma poderosas nuvens de chuva. Especialistas afirmam que os ciclos de secas e inundações estão a aumentar com as alterações climáticas.