Escrito nas estrelas… desde quando? A história e as origens do horóscopo e das previsões astrológicas

O horóscopo, essa arte astrológica que desenvolve previsões futuras baseadas na posição dos astros e nos diversos signos do Zodíaco, tem uma origem fascinante e multifacetada. A história do horóscopo moderno é uma combinação inesperada de antigas tradições babilónicas e do engenho capitalista do século XX.

As verdadeiras raízes do horóscopo encontram-se na antiga Babilónia. Há mais de 2.000 anos, os babilónios desenvolveram uma forma primitiva de astrologia, observando os movimentos celestiais para prever eventos terrestres. De acordo com a National Geographic, temos tabelas babilónicas dessa época que já falavam de horóscopos, demonstrando como essas observações astrais eram usadas para fazer previsões.

A Popularização no Século XX

A popularização do horóscopo moderno, no entanto, deve-se em grande parte a William John Warner, conhecido como Cheiro. Este famoso astrólogo e ocultista britânico foi uma figura-chave na narrativa do horóscopo tal como o conhecemos hoje. Cheiro redigiu a primeira previsão astrológica sobre a vida da princesa Margarida do Reino Unido, a pedido do jornal Sunday Express. O objetivo do jornal era aumentar as suas vendas, e para tal, solicitaram a Cheiro que escrevesse um artigo sobre o futuro da princesa.

Cheiro realizou uma análise da personalidade de Margarida e previu eventos significativos na sua vida, incluindo um acontecimento familiar notável por volta do seu sétimo aniversário. Coincidentemente, quando Margarida tinha seis anos, o seu pai, Jorge VI, foi coroado. Esta previsão precisa teve um enorme impacto mediático e levou a uma crescente demanda por horóscopos na imprensa.

O Impacto Mediático

O sucesso das previsões de Cheiro resultou na inclusão regular de horóscopos nos jornais. Warner foi então encarregado de realizar previsões para pessoas nascidas em diferentes meses. A sua previsão mais impactante envolveu um incidente com um avião britânico, que coincidentemente ocorreu no mesmo dia da publicação, com um acidente de um dirigível no norte de França.

Este impacto mediático fez com que outros jornais começassem a imitar a seção de horóscopos, tornando-a uma parte regular e popular das publicações. Assim, o horóscopo tornou-se não apenas uma prática astrológica, mas também uma estratégia comercial eficaz.

Horóscopo: Tradição e Comercialização

De acordo com uma análise da linguista Linguriosa, o horóscopo moderno é o resultado de uma combinação entre a antiga ciência babilónica e uma estratégia comercial. Ao publicar previsões para os doze signos solares, os jornais asseguraram que todas as pessoas estivessem interessadas nesta secção todos os meses, e não apenas no mês do seu nascimento. Desta forma, o horóscopo tornou-se uma ferramenta poderosa de venda, atraindo uma ampla audiência.

No fundo,Escr o horóscopo que hoje lemos nas páginas dos jornais e revistas é uma confluência de tradições antigas e inovações modernas, começando nas planícies da antiga Babilónia e evoluindo para uma prática amplamente difundida e comercialmente explorada no século XX.

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