Escalada dos ‘green bonds’ na Europa pode ‘arrastar’ o euro. EUA estão a perder o comboio

A Europa está prestes a tornar-se o líder mundial na emissão de ‘green bonds’ (títulos verdes) e um dos efeitos colaterais pode ser uma moeda mais forte. A afirmação é do Standard Bank, que vê o euro a subir para 1,30 dólares dentro de um ano, estimulado em parte pelo plano da União Europeia de vender 225 mil milhões de euros em ‘dívida verde’ no âmbito do fundo de recuperação da pandemia.

“Acreditamos que se um país, ou região, conseguir realmente liderar neste tipo de investimento, poderá levar a sua moeda consigo”, afirmou Steve Barrow, chefe da estratégia cambial do banco, em nota, esta terça-feira, citada pela ‘Bloomberg’.

“Em contraste, aqueles que ficarem para trás podem mesmo ficar para trás, não apenas em termos de suas credenciais ESG, mas também em termos de desempenho da sua moeda”, adverte.

O fundo de recuperação planejado da UE já ajudou a impulsionar o euro, colocando-o no caminho para o seu primeiro ganho anual. A moeda subiu 5,1% em 2020 para 1,1786 dólares.

Embora a emissão de dívida verde da UE não comece antes do próximo ano, o bloco planeia começar a vender títulos sociais para financiar um programa de apoio ao emprego este mês. E países da UE, como a França, já assumiram a liderança em finanças sustentáveis, com a Alemanha a vender o seu primeiro título soberano verde no mês passado.

Em comparação, os EUA ‘perderam o comboio’. Mesmo uma vitória do candidato democrata Joe Biden – que pediu 2 biliões de dólares em gastos com energia limpa – na eleição presidencial do mês que vem pode não ser suficiente para preencher a lacuna, de acordo com o Standard Bank.

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