Ensino Superior: Ministra envia carta às universidades para “combater as praxes académicas” e garante apoios do Governo

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enviou uma carta aberta aos dirigentes de instituições de Ensino Superior e de associações e federações estudantis onde salienta que “a receção e a integração de novos estudantes não podem assentar em práticas de integração humilhantes e abusivas”.

Com as universidades e politécnicos a prepararem-se para voltar a abrir portas aos estudantes, Elvira Fortunato afirma que a integração de novos alunos deve fazer-se através de atividades que “promovam o que de melhor têm as nossas instituições – a promoção do conhecimento, da ciência, da cultura e da cidadania”.

“Junto-me a vós, dirigentes das associações de estudantes e das instituições de ensino superior, para que façamos tudo no sentido de combater as praxes académicas, as quais, na sua maioria, têm por base, injustamente, a defesa da preservação de tradições académicas”, destaca a governante.

Fortunato aponta que se tem registado “uma redução do número de denúncias relativas à realização de atividades de praxe violentas e abusivas” em Portugal, sublinhando “o esforço das associações de estudantes e das instituições de ensino superior para criar mecanismos preventivos ao nível local e oferecer, aos novos estudantes, alternativas de integração mais positiva”.

A titular da pasta do Ensino Superior avança que “de modo a promover a melhor integração dos estudantes no ensino superior, serão brevemente lançados apoios à realização de atividades alternativas às praxes académicas, incentivando a criação de novas iniciativas de acolhimento centradas no desporto, na cultura e ciência e a desenvolver ao longo do ano letivo”.

Para isso, o Governo está a preparar apoios para “as orquestras académicas afiliadas às instituições de ensino superior, promovendo o alargamento das suas atividades culturais junto dos novos estudantes e valorizando a sua importância junto das comunidades académica e estudantil”.

Além disso, “será lançado brevemente um programa de promoção de sucesso e redução de abandono escolar, o qual privilegiará os novos estudantes, e que visa fortalecer as iniciativas já em curso em várias instituições de ensino superior”, indica a ministra, detalhando que “este programa reforçará o apoio à promoção da inovação pedagógica, que vem sendo assumida de forma crescente pelas instituições de ensino superior, e que conheceu este ano um impulso significativo com o programa Skills, através do qual foram apoiadas 24 instituições com um financiamento de cerca de 16 milhões de euros para projetos de inovação pedagógica no ensino superior”.

Com as aulas no Ensino Superior prestes a começar, Elvira Fortunato assegura que “este ano letivo verá a concretização de várias medidas de reforço dos apoios sociais aos estudantes, aprovados em agosto de 2022, e que pretendem reforçar a confiança dos estudantes no ensino superior e reduzir as dificuldades de muitas famílias em apoiar os seus filhos na prossecução de estudos superiores”.

De recordar que na primeira fase do concurso nacional de acesso para o ano letivo 2022/2023, foram colocados 49.806 novos alunos, um aumento de 0,7% comparativamente à mesma fase do concurso do ano passado. No entanto, o número de candidatos foi 3,9% inferior face ao mesmo período de 2021.

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