Ensaio. Toyota C-HR Plug-in: A ambição de melhorar um bom produto

A Toyota continua empenhada na sua caminhada para, até 2035, ter a sua gama totalmente eletrificada com emissões zero e, já em 2025, com 84% da sua gama eletrificada com o lançamento de novos e melhorados produtos.

Assim, a marca apresentou em Portugal o novo C-HR Plug-in, feito na Europa e para o mercado europeu, com o lema “Vamos mais além” aplicando no mesmo todo o know-how da marca nesse domínio.

O C-HR insere-se no segmento C e com o formato da moda – SUV – que vendeu em 2003 mais de 20.000 automóveis, mantendo o seu estilo irreverente que tantos seguidores colheu, além de, com isso, conseguir chegar a um publico mais jovem e urbano. Mantém o seu estilo coupé (C-HR : coupé high rider) e apresenta algumas novidades como o cockpit inteligente , a preocupação ambiental na sua conceção, a assinatura do carro similar à do Toyota bZ4X, os puxadores embutidos para uma melhor aerodinâmica, a pintura em três tons da carroçaria, os bancos em pele e alcântara, a iluminação ambiente que se altera consoante a hora do dia e a temperatura ambiente, sistema de alerta de obstáculo na abertura da porta do condutor, a utilização de cerca de 100 garrafas de plástico reciclado e os tapetes criados a partir de redes de pesca recicladas.

O C-HR possui 223 CV e uma bateria de 13.6kwh que lhe garante uma autonomia até 66km. Possui vários modos condução EV, híbrido e o auto Ev (sugestões preditivas de aceleração e desaceleração) e condução baseada em geofencing.

Por fim, o ar condicionado utiliza a bomba de calor para aquecer o habitáculo e o tejadilho reflete os raios solares no verão e recolhe-os no inverno de modo a aumentar ao máximo a autonomia.

Em termos de versões a marca aposta em quatro: Business, Square collection, Lounge e Gr Sport première edition com preços entre os 46.020 a 53.090€ com uma oferta eletrificada de 2.000€ e uma garantia que a marca estende dos seus produtos de 10 anos ou 200.000km.

Na apresentação nacional pudemos testar e avaliar as potencialidades do novo modelo. Esteticamente, mantém o seu desenho irreverente e o formato coupé que tanto tem cativado os clientes da marca mais tradicionais como as gerações mais jovens e urbanas.

O Toyota C-HR é igual a todos os modelos da marca: bem construído, bons materiais, robusto, muita atenção nos detalhes. O espaço interior é interessante e a ergonomia bem conseguida. Muitos dos sistemas são herdados de outros modelos da marca numa clara aposta na eficiência (puxadores das portas, comandos do AC, comandos dos modos de condução, etc). Muitos materiais suaves ao toque.

Em andamento revela-se bem insonorizado e adaptado às estradas nacionais – confortável, previsível e com bom comportamento dinâmico.

A marca mostrou-nos que é possível utilizar a autonomia de 66km em modo EV num trajeto que se iniciou em Lisboa e se prolongou até à Malveira da Serra e depois até Cascais onde o conta-quilómetros efetuou 60kms e o C-HR conseguiu chegar com 15kms de autonomia, demonstrando que os valores da marca (até 66kms) em termos de autonomia são reais. Recordo que partes do trajeto incluíram AE.

A marca também nos explicou o sistema Predictive Efficient Drive, responsável também por todos estes valores mas também permite que o C-HR possa através de geofencing,  num trajeto onde necessite de utilizar somente eletricidade, o sistema faça a gestão otimizada para garantir que a entrada numa zona sem emissões decorra sem problemas.

Em resumo, a marca volta a apresentar um produto que se renova e eleva a qualidade do produto que, na altura veio dinamizar o setor, tal a aceitação que teve.

 

 

 

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