Ensaio. Renault Espace E-Tech Full Hybrid 200: sinais dos tempos

Depois de cinco gerações de um modelo que nasceu como MPV (ou monovolume), a Espace rendeu-se à moda atual e aos SUV. Para tal, socorreu-se da plataforma CMF-CD que serve também o Austral e o futuro Rafale, o D-SUV, para fazer jus à primeira Espace criada em 1984 e que já conta com 1,3 milhões de unidade vendidas,

Nesta nova configuração a ESPACE cresce relativamente às anteriores e decresce 14cm face à última geração, perdendo os bancos individuais que eram a sua imagem de marca.

Visualmente similar ao Austral com ligeiras alterações na grelha dianteira com uma faixa horizontal que acompanha toda a largura do veículo; atrás mantém um formato mais retangular pois este modelo pode, pelo mesmo preço, ter 5 ou 7 lugares, sendo os dois últimos não somente para crianças mas para adultos com perto de 170cm.

A segunda fila pode ser regulada em profundidade e inclinação (até 31º) e a bagageira varia entre os 159 e 677 litros da versão de 5 lugares.

Segundo a marca, consideram que o condutor deste modelo efetua 80% em modo elétrico na cidade com o motor tricilíndrico de 1.2 litros e 200cv (conta o motor elétrico) pois trata-se de um modelo híbrido.

Esteticamente bem conseguido, a marca incluiu no que é atualmente o seu topo de gama materiais de boa qualidade, assim como uma montagem cuidada dos mesmos, sendo que a atenção nos detalhes foi a tónica dominante na escolha da Renault.

Na história que a marca nos contou na apresentação internacional permitiu-nos “voar” pelas várias gerações, desde o conceito inicial introduzido pela MATRA (com a primeira ESPACE) que serviu de inspiração para outros construtores até à atualidade, onde deu para compreender a história da marca, do modelo e a evolução do setor automóvel.

Hoje, o eixo traseiro é direcional (4control) – e percebe-se a sua vantagem, sendo de série em toda a gama – multilink; podemos optar por vários modos de condução e por várias hipóteses de regeneração (através das patilhas no volante), os bancos são muito ergonómicos e confortáveis e o espaço interior é bom. Nos mais de 250kms percorridos – muitos por serpenteantes estradas, acredito não se perdeu a essência de alguns modelos anteriores como o “travelling pleasure” nem a eficácia dos chassis da marca – a ESPACE revelou-se um veículo confortável, moderno e sobretudo eficaz, destinado a um público que pretende um cinco lugares SUV com uma grande bagageira ou um outro que precisa de sete lugares.

O painel de instrumentos conjugado com o ecrã central que juntos efetuam um L invertido “casam” bem com um tablier de recorde minimalista, bem construído e com inserção de madeira.

Em momento algum o conforto sai beliscado sendo a eficácia do mesmo corroborada por uma suspensão que o mantém agarrado à estrada e um chassis que lhe permite ter um bom comportamento, mesmo considerando o peso e comprimento do mesmo.

Com vendas previstas do 1.2 com 200cv para início de setembro os preços iniciam-se nos 45.449€ na versão Techno, 48.000 para o Alpine e termina no Iconic com 50.259€.

Uma curiosidade foi a descida das médias de combustível de 1984 para hoje nas várias gerações: 8, 7; 9,9 para 4,6.

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